Dívida pública federal cresce 3,22% em junho, aponta Tesouro
A dívida pública federal subiu 3,22% em junho frente a maio, fechando o primeiro semestre a R$ 3,358 trilhões, divulgou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
Foi a quinta alta consecutiva registrada no estoque geral da dívida, que no entanto seguiu abaixo da faixa indicativa de R$ 3,45 trilhões a R$ 3,65 trilhões estabelecida pelo Tesouro para 2017, conforme Plano Anual de Financiamento (PAF).
No último mês, a dívida pública mobiliária interna avançou 3,31% sobre maio, a R$ 3,234 trilhões, devido à emissão líquida de R$ 72,19 bilhões e à apropriação positiva de juros de R$ 31,31 bilhões.
Já a dívida externa teve expansão de 0,91%, a R$ 123,99 bilhões, diante da desvalorização do real no período. Num mês marcado pela continuidade da intensa crise política que atingiu o governo do presidente Michel Temer, o dólar fechou junho com elevação de 2,36% sobre o real.
No tocante à composição, os títulos prefixados seguiram com maior peso na dívida total, com participação de 35,09%, acima dos 34,97% de maio e dentro do intervalo de 32% a 36% para 2017 no âmbito do PAF.
Representados pelas LFTs, os títulos pós-fixados passaram a 30,85% da dívida em junho, também acima dos 30,47% do mês anterior. Para o ano, o Tesouro fixou uma participação de 29% a 33% para os papéis.
Os títulos corrigidos pela inflação, por sua vez, viram sua representatividade cair a 30,25% do total da dívida em junho, contra 30,66% em maio. Para eles, o Tesouro também estabeleceu uma participação no ano de 29% a 33%.
No mês, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna caiu a 12,90%, sobre 13,42% em maio.