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Do zero ao milhão… ou quase lá: jovens empreendedores contam suas trajetórias para abrir um negócio

Carol Delmondes e Breno Sodré são donos de negócios estabelecidos em seus nichos antes mesmo de completarem 30 anos

2 mai 2023 - 05h00
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Carol Delmondes vende roupas em atacado de forma online
Carol Delmondes vende roupas em atacado de forma online
Foto: Arquivo Pessoal

Para alguns, o sonho de abrir o próprio negócio nasce da vontade de deixar de ter patrão. Para outros, surge antes mesmo de entrar no mercado de trabalho formal, como uma opção para se manter. Foi o que ocorreu com Carol Delmondes, 28, e Breno Sodré, 26.

Apesar de virem de locais completamente distintos, a história dos dois encontra muitos pontos em comum. Vindos de uma cidade do interior do Pará e da Bahia, respectivamente, Carol e Breno já são donos de negócios estabelecidos em seus nichos antes mesmo de completarem 30 anos.

O empréstimo que virou casamento

Carol é dona da loja Chic Mariah, que vende roupas femininas em atacado exclusivamente online. Quem vê a estrutura atual que o negócio tem, com cerca de 30 funcionários, entre terceirizados e diretos, nem imagina que tudo começou com uma decisão arriscada: o namorado de Carol decidiu vender o carro para emprestar R$ 7 mil e ajudá-la a começar o negócio.

No final do ano de 2015, ela, que era estudante de direito, usou o salário que ganhava no estágio para comprar roupas e revender. “Era bem amador, mas eu sempre tentei ser bem profissional com o que eu tinha. Comecei a divulgar no Facebook, nos grupos de marketplace, nos grupos fechados. Uma vez eu fiz uma publicação e deu mais de 100 contatos de pessoas pedindo catálogo”, conta Carol.

Sem estoque e vendo a alta procura, veio a ideia de abrir sua própria fabricação, contando com a ajuda do então namorado - hoje seu marido. “Sete mil reais para você começar uma marca, começar a fabricar, é muito pouco. Eu não tinha carro, andava de ônibus, arrastando as sacolas para cima e para baixo”, relembra. Ainda assim, o projeto vingou e, em cerca de quatro meses, já tinha retornado o investimento.

“Foi tudo muito rápido”, afirma. Com o sucesso, Carol escolheu deixar a faculdade. “Eu percebi que tinha certa demanda. Na época que eu postava no instagram não gastava nada com patrocinado, tinha mil visualizações ou curtidas”, explica. Hoje, o faturamento mensal da Chic Mariah chega a R$ 150 mil bruto.

Prazer, Breno da Empada

Ao se apresentar, involuntariamente Breno deixa de lado seu sobrenome. “Meu nome é Breno, mas as pessoas me chamam de ‘Breno da Empada’ e prefiro que me chamem assim”, afirma. É que ele é dono da ‘Empada do Breno’, e o nome da loja e de seu proprietário costumam a se confundir.

O sucesso das empadas feitas por Breno começou ainda em 2012, quando ele as vendia na escola em que estudava. Depois, em 2016, levou as tão queridas empadas para a faculdade e, em 2019, abriu seu primeiro ponto fixo de vendas, na própria casa. “Foi quando eu fiz aquele ovo de Páscoa de empada que viralizou e muitas pessoas passaram a me conhecer nisso”, relembra.

Breno da Empada posa junto ao 'empadovo', que viralizou em 2019 e é sucesso na Páscoa
Breno da Empada posa junto ao 'empadovo', que viralizou em 2019 e é sucesso na Páscoa
Foto: Arquivo Pessoal

O ovo de Páscoa a que Breno se refere foi apelidado por ele de 'empadovo' e foi compartilhado inúmeras vezes nas redes sociais. Parte do sucesso das empadas está atrelado à forma como Breno inseriu naturalmente as redes sociais no negócio.

“Elas são extremamente úteis para quem sabe divulgar o próprio trabalho e como eu sempre me coloquei como o ‘Breno da Empada’, as pessoas sempre tiveram curiosidade de saber o porquê”, conta. Ele explica que a pessoa 'Breno' está muito associada ao negócio e que isso gera uma identificação no público. 

Vez ou outra, uma personalidade famosa visita a Empada do Breno ou interage com ele pelas redes sociais. A mais recente, e que bombou na web, foi o comentário deixado por Flora Gil. “Gilberto Gil ainda não provou minhas empadas, mas Flora Gil já manifestou interesse, ela fez um comentário [nas redes sociais da loja], e eu fiquei assim: ‘Meu Deus do céu, que orgulho. Olha onde meu trabalho chegou’”, comemora Breno.

Apesar do sucesso contínuo e inabalável nas redes, ele confessa que já passou por altos e baixos com o negócio. Chegou a ficar sem vender durante a pandemia, fechar as portas e se restabelecer tempo depois, em um novo e mais estruturado espaço.

“Eu não estava conseguindo dar conta de tudo, as contas chegavam, embolavam. As empadas não tinham aquela saída que eu esperava que tivesse. Mas que bom que eu não desisti, porque hoje eu estou vendo que, se eu tivesse desistido, eu teria perdido tudo que eu estou ganhando agora”, conta.

Hoje, a 'empadaria' - como ele gosta de denominar a loja que especializada em empadas - fatura cerca de R$ 30 mil por mês.

Fonte: Redação Terra
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