DOC e TED: o que é, quais as diferenças e quando usar
Entenda as diferenças entre as principais modalidades de transferência de dinheiro entre contas
Na hora de transferir dinheiro entre contas bancárias em diferentes instituições financeiras, DOC e TED são as opções mais utilizadas. Apesar de semelhantes em finalidade, as modalidades têm algumas diferenças importantes.
O que é DOC e TED?
O Documento de Crédito (DOC) é uma transferência bancária que pode ser feita entre instituições autorizadas pelo Banco Central, com valor máximo de R$ 4.999,99.
A Transferência Eletrônica Disponível (TED) é também uma operação que pode ser realizada por pessoa física ou jurídica entre instituições cadastradas no BC, mas que não tem limite de valor.
Quais as diferenças entre DOC e TED?
A principal diferença entre DOC e TED, além da limitação de valor, é a do tempo de processamento para cada operação.
O horário de envio da TED é definido pela instituição financeira, respeitando o limite estabelecido pelo Banco Central (17h nos dias úteis). O valor deve ser creditado na conta do destinatário ainda no mesmo dia. Passado o horário limite, é possível agendar a transferência para o próximo dia útil.
No caso do DOC, o débito na conta de quem envia acontece já na data de emissão da transferência, mas o crédito na conta do destinatário ocorre apenas no dia útil seguinte. Os bancos podem também estabelecer horários limitados para efetuar a transação.
Quais os horários para TED e DOC nos bancos?
Os horários para DOC ou TED variam de acordo com cada instituição financeira. É importante verificar as regras estabelecidas pelo banco do qual deve partir a transferência antes de realizá-la.
- Caixa Econômica Federal: por exemplo, o horário para emissão e agendamento de DOC é das 7h às 20h30 de segunda a sexta-feira. O horário para emissão de TED segue a regra do BC, ou seja, até às 17h em dias úteis.
- Bradesco: o DOC pode ser feito da meia-noite às 21h30 e a TED das 6h30 às 16h59 dos dias úteis. O agendamento das transações pode ser feito a qualquer horário, todos os dias da semana.
- Banco do Brasil: o DOC está disponível até 21h59, horário de Brasília e a TED fica disponível até às 17h.
- Itaú: o DOC pode ser feito em dias úteis, das 6h30 às 22h. Transações feitas fora desse horário ou em fim de semana e feriados serão creditadas em 2 dias úteis. Já o TED é realizado das 6h30 às 17h.
- Santander: o DOC pode ser feito até 22h, e o TED até 17h.
Como funciona DOC e TED para bancos diferentes?
De acordo com o Banco Central, para realizar um DOC ou TED, é necessário fornecer as seguintes informações:
- o código da sua instituição;
- o código da instituição do beneficiário;
- o código da agência do beneficiário;
- seu nome e CPF ou o nome e CNPJ da empresa;
- o nome e o CPF ou nome e empresa do beneficiário;
- número da conta do remetente;
- número da conta do destinatário;
- o valor da transferência;
- a data de emissão; e
- a finalidade da transferência.
É importante certificar-se de que as informações enviadas estão corretas. Se a transação for devolvida por erro do cliente, pode haver cobrança de tarifa.
O que é mais barato, DOC ou TED?
As instituições financeiras podem cobrar tarifas para emissão de DOC e TED. Não existe um valor único e fixo para todos os bancos, mas o Banco Central mantém uma tabela atualizada com os valores cobrados por cada instituição cadastrada. As tarifas variam para pessoa física e pessoa jurídica, e também de acordo com o canal pelo qual é realizada a transação. Em geral, é mais barato realizar uma transação pelo caixa eletrônico ou pela internet do que no caixa presencial.
Qual é melhor na hora de transferir, DOC ou TED?
A melhor modalidade de transferência varia de acordo com a situação. Para transferir montantes altos, com valor acima de R$ 5.000,00, somente a TED é possível. A TED também é aconselhada para casos mais urgentes. "O DOC leva geralmente cerca de 24 horas para ser processado, então há uma insegurança para o destinatário. Por ser mais rápida, a TED dá muito mais segurança para quem recebe", explica o coordenador do Centro de Estudos de Finanças da FGV, William Eid.
