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Dois anos após morte de Pelé, divisão da herança está indefinida, e legado do Rei se espalha pelo mundo

Caso está em tramitação na 2ª Vara de Família e Sucessões de Santos e, devido à sua natureza, corre em segredo de Justiça

29 dez 2024 - 04h59
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Pelé e filhos
Pelé e filhos
Foto: Reprodução

A divisão dos bens do Rei do Futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, está indefinida mesmo depois de dois anos de sua morte. O ícone do futebol brasileiro faleceu aos 82 anos, em 29 de dezembro de 2022, e, desde então, está em andamento o processo judicial que determinará a partilha entre os herdeiros.

O caso está em tramitação na 2ª Vara de Família e Sucessões de Santos (SP) e, devido à sua natureza, corre em segredo de Justiça. A confirmação sobre o andamento do processo foi dada ao Terra pelo advogado de Edson Cholbi do Nascimento, conhecido como Edinho, e de suas irmãs, filhos de Pelé.

De acordo com o advogado Augusto Miglioli, ainda não há novidades no processo de inventário, que aguarda algumas definições. "O processo de inventário é uma coisa bem morosa. E no processo foram apresentadas as primeiras declarações, a relação dos herdeiros, a relação de algumas dívidas e a relação de patrimônio. Mas depois disso não teve mais andamento factível", explicou. 

Processo de partilha de bens

No início de 2023, Edinho teve dois pedidos iniciais negados pela Justiça no processo de inventário de Pelé. O primeiro solicitava que ele fosse nomeado inventariante, e o segundo pedia que o processo tramitasse sob segredo de Justiça.

Na decisão, a juíza explicou que o direito de ser inventariante pertencia à viúva do Rei do Futebol, Márcia Aoki. No entanto, Márcia optou por abdicar da função, que acabou sendo atribuída a Edinho. O inventariante é responsável por diversos atos no processo de inventário e também pela administração e posse do patrimônio do falecido.

Quanto ao pedido de segredo de Justiça, a magistrada argumentou, inicialmente, que o processo poderia interessar a possíveis credores de Pelé, indeferindo o pedido na época. Contudo, em março do mesmo ano, a Justiça concedeu uma liminar garantindo sigilo ao inventário dos bens do ex-jogador.

Pelé e a viúva Márcia Aoki
Pelé e a viúva Márcia Aoki
Foto: Reprodução/Instagram

Patrimônio e divisão entre herdeiros

Com um patrimônio estimado entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões, Pelé destinou, em seu testamento, 30% de seus bens à terceira esposa, Márcia Aoki. Além disso, ela herdará o principal imóvel deixado pelo Rei do Futebol: uma mansão localizada na Praia de Pernambuco, no Guarujá, litoral de São Paulo.

Os outros beneficiários incluem seus seis filhos biológicos: Edinho (que atua como inventariante do processo), Kely, Jeniffer, Flávia, Joshua e Celeste.

Dois netos, Octávio e Gabriel, filhos de Sandra Regina, que foi reconhecida judicialmente como herdeira e faleceu em 2006, também terão direito a uma parte da herança.

Além disso, Gemima, filha afetiva de Pelé com sua segunda esposa, Assíria, garantiu na Justiça o direito de ser incluída no inventário, com o apoio dos irmãos.

José Fornos Rodrigues, conhecido como Pepito e amigo próximo do ex-jogador, foi nomeado testamenteiro e receberá uma parcela dos bens, conforme informações da coluna de Jeff Benício, do Terra.

Edinho é o inventariante no processo de repartição de bens do pai
Edinho é o inventariante no processo de repartição de bens do pai
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Legado do Rei

Ainda que a divisão do espólio de Edson Arantes do Nascimento esteja indefinida, o legado do Rei Pelé continua a unir o mundo do futebol dois anos após sua morte. A memória do maior de todos os tempos segue viva em homenagens, títulos e recordes. 

Pelé continua, ainda, como o jogador com mais gols anotados – 1.283 tentos oficiais –, maior campeão de Copas do Mundo, com três títulos, e o jogador mais jovem a ganhar o Mundial – tinha 17 anos e 249 dias de vida no título brasileiro de 1958 – dentre outras tantas marcas. 

Ao redor do mundo, pelo menos nove estádios foram ‘batizados’ em homenagem a Pelé. A iniciativa foi levantada pela Fifa para que todas as entidades internacionais de futebol nomeassem ao menos uma arena, em seus respectivos países, em respeito ao Rei. 

Estádio Kigali Pelé, em Ruanda, em homenagem ao brasileiro
Estádio Kigali Pelé, em Ruanda, em homenagem ao brasileiro
Foto: Reprodução

Entre os políticos, Pelé ‘se tornou’ avenidas e datas comemorativas, sancionadas em lei federal. Em Santos, no litoral de São Paulo, a Avenida Almirante Saldanha da Gama, na orla da praia, foi rebatizada de Avenida Rei Pelé em outubro passado. 

O dia 19 de novembro, data em que Pelé marcou seu milésimo gol em 1969, se tornou o Dia do Rei Pelé após a sanção da Lei 14.909 de 2024. 

A importância do craque também inspira novos talentos que passam pelos gramados brasileiros e almejam a conquista de títulos. Em 2023, o troféu do Campeonato Paulista recebeu uma coroa em homenagem a Pelé, enquanto a Supercopa, disputada pelos campeões do Brasileirão e Copa do Brasil, foi rebatizada de Supercopa Rei.

Troféu Rei Pelé, edição exclusiva do Campeonato Paulista de 2023 para celebrar o legado do multicampeão
Troféu Rei Pelé, edição exclusiva do Campeonato Paulista de 2023 para celebrar o legado do multicampeão
Foto: Divulgação
Fonte: Redação Terra
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