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Dólar descola do exterior e cai ante real com mercado à espera de Copom, Fed e BOJ

29 jul 2024 - 17h10
(atualizado às 17h36)
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Numa sessão sem notícias de impacto, o dólar à vista fechou a segunda-feira em baixa ante o real, com investidores à espera das decisões sobre juros no Brasil, nos EUA e no Japão, todas na quarta-feira, enquanto no exterior a moeda norte-americana subiu ante a maior parte das demais divisas.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6256 reais na venda, em baixa de 0,58%. No mês a divisa acumula alta de 0,62%.

Às 17h26, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,74%, a 5,6265 reais na venda.

Na sessão desta segunda-feira os rendimentos dos Treasuries cederam, mas o dólar sustentou ganhos ante as demais divisas fortes e em relação a moedas pares do real, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que o real esteve na contramão mais por fatores técnicos do que propriamente em função do noticiário do dia -- mesmo porque, a expectativa maior era pela agenda da próxima quarta-feira, quando ocorrem decisões de política monetária no Brasil, nos EUA e no Japão.

No caso do Federal Reserve os investidores estarão em busca da confirmação de que o início do ciclo de corte de juros ocorrerá de fato em setembro, como vem precificando o mercado.

Já a expectativa para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil é de manutenção da taxa básica Selic em 10,50% ao ano, mas os agentes estarão atentos às pistas para os próximos encontros. Uma das dúvidas é se o colegiado poderá subir juros nos próximos meses -- uma possibilidade que vem ganhando força entre algumas casas.

Por fim, a decisão do Banco do Japão ganhou importância porque nas últimas semanas a expectativa de que a instituição poderá apertar sua política monetária provocou uma liquidação de operações de carry trade, impulsionando o dólar ante moedas de países emergentes -- incluindo o real.

No carry trade, investidores tomam recursos em países como o Japão, onde as taxas de juros são baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior. Na desmontagem destas operações, o real tem sido penalizado.

Dependendo do resultado do encontro do BC japonês uma nova rodada de ajustes não está descartada, com impactos no câmbio brasileiro.

Outro fator que tende a influenciar os negócios com mais intensidade a partir de terça-feira é a disputa entre comprados (investidores que apostam na alta das cotações) e vendidos (posicionados na baixa) pela formação da taxa Ptax de fim de mês.

Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. A taxa do fim de mês também será definida na quarta-feira.

"Já tem um pouco de (disputa pela) Ptax em curso. E sabemos que quem trouxe o dólar para os níveis atuais está confortável, porque sabe que o BC não é intervencionista", comentou o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado. "Então, o movimento do dólar hoje no Brasil é mais por fatores técnicos, já que o principal do noticiário da semana acontece na quarta-feira."

Às 17h23, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,19%, a 104,570.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 2 de setembro de 2024.

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