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Dólar recua em meio à perspectiva de alta na Selic e recuperação de commodities

11 set 2024 - 09h11
(atualizado às 10h38)
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O dólar recuava frente ao real nesta quarta-feira com a consolidação das apostas de alta na Selic na próxima semana após números fortes do setor de serviços no Brasil, e a recuperação dos preços de commodities mais do que compensava a estabilidade da moeda norte-americana no exterior devido a dados de inflação nos Estados Unidos.

Às 10h21, o dólar à vista caía 0,59%, a 5,6219 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,95%, a 5,622 reais na venda.

Nesta manhã, o mercado nacional analisava novos dados do setor de serviços do Brasil, que fomentaram as perspectivas de uma alta na Selic, atualmente em 10,50% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), em 17 e 18 de setembro.

Segundo o IBGE, o volume de serviços teve em julho avanço de 1,2% em relação a junho, resultado que ofuscou a expectativa em pesquisa da Reuters de um recuo de 0,1%, com o setor renovando seu patamar recorde.

Os dados de julho serão avaliados pelo BC na próxima semana, já que reforçam o cenário de desempenho econômico forte. Operadores colocavam 91% de chance de uma alta de 25 pontos-base na Selic em setembro, com 9% de probabilidade de um aperto de 50 pontos.

Quanto mais a Selic subir, melhor para o dólar, em tese, uma vez que o aumento no diferencial de juros entre Brasil e países de divisas fortes, como os EUA, torna a moeda brasileira atrativa para investimentos.

No cenário externo, países emergentes, como o Brasil, ainda eram ajudados pela recuperação dos preços de commodities importantes, como o minério de ferro e o petróleo, que vinham sofrendo com a piora nas perspectivas econômicas da China, maior importador de matérias-primas do planeta.

Com isso, o dólar recuava frente ao peso mexicano, o peso colombiano e o peso chileno.

No entanto, alguns fatores externos impediam o real de obter ganhos maiores frente ao dólar, à medida que os mercados globais avaliavam dados do núcleo de inflação dos EUA que vieram acima do esperado, reforçando a perspectiva de um afrouxamento monetário gradual no Federal Reserve a partir deste mês.

O Departamento de Trabalho informou que o núcleo do índice de preços ao consumidor teve alta de 0,3% em agosto na base mensal, ligeiramente acima dos 0,2% esperados por economistas consultados pela Reuters, ante avanço de 0,2% em julho. Em 12 meses, o núcleo do índice atingiu 3,2%, inalterado em relação ao mês anterior.

O resultado coloca em dúvida a visão difundida nos últimos meses de que a inflação nos EUA está sob controle e desacelerando gradualmente para a meta de 2% Fed, o que permitiria uma mudança no foco do banco central dos EUA para o esfriamento do mercado de trabalho.

Apesar da preocupação com a situação do emprego nos EUA os números de inflação desta quarta-feira consolidavam as apostas de um afrouxamento gradual por parte do Fed.

"O dado acaba consolidando a ideia de que um corte de juros de 50 pontos-base pelo Fed é muito improvável", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

"Isso deve mostrar que ainda há tempo para se fazer ajustes graduais da trajetória dos juros no país, e com isso consolida a ideia de que os juros não vão cair tão rápido quanto alguns temiam" completou.

Operadores colocavam 83% de chance de um corte de 25 pontos-base pelo banco central dos EUA na próxima semana, acima dos 71% antes dos dados. Eles veem ainda 106 pontos-base de reduções até o fim do ano.

Mais cedo, a moeda norte-americana enfraqueceu com a repercussão do debate presidencial dos EUA na véspera, em que a candidata democrata, Kamala Harris, foi vista como tendo um melhor desempenho do que o candidato republicano, Donald Trump, elevando as apostas na vitória da vice-presidente.

As propostas de Trump para economia, como a imposição de tarifas sobre importações e cortes de impostos extensos, são vistas como favoráveis ao dólar, uma vez que provocam a perspectiva de gastos fiscais maiores, aceleração da inflação e juros mais altos.

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