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Dólar acelera queda contra real em véspera de feriado com cenário otimista

23 dez 2019 - 14h59
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O dólar ampliava a queda contra o real nesta segunda-feira, chegando a ficar abaixo dos 4,06 reais, ainda aproveitando o cenário otimista no Brasil e no exterior em dia de comportamento técnico dos mercados antes do Natal.

10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 14:54, o dólar recuava 0,75%, a 4,0640 reais na venda. Na máxima da sessão, divisa norte-americana tocou os 4,0966 reais, antes de recuar e atingir 4,0580 na mínima.

Na semana passada, o dólar encerrou a sexta-feira em sua maior alta em seis semanas, de 0,79%, a 4,0949 reais na venda.

Neste pregão, o contrato mais negociado de dólar futuro operava em queda de 0,96%, a 4,0640 reais.

No exterior, o dólar tinha estabilidade contra uma cesta de moedas fortes ao mesmo tempo em que recuava contra algumas moedas arriscadas, como o dólar australiano, o peso chileno e o rand sul-africano.

"Esta é uma semana reduzida pelo feriado, com uma agenda bem fraca", explicou Cleber Alessie Machado, operador da Commcor, sobre a movimentação desta segunda-feira. "Acaba sendo menos plausível esperar forte especulação."

"Hoje, o funcionamento é básico, mais técnico e menos de jogo. Os fluxos tendem a prevalecer."

Segundo Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora, a queda acentuada desta segunda-feira também se deve à permanência do ânimo visto na semana passada.

"A gente viu uma boa queda do dólar na semana passada, devido ao anúncio do acordo EUA-China, à vitória do Boris Johnson nas eleições do Reino Unido, à notícia de que vão continuar os trabalhos no projeto de reforma fiscal mesmo durante o recesso parlamentar... enfim, há uma sucessão de fatos positivos, e isso tira a pressão sobre o real."

Também no radar, nesta segunda-feira o Ministério das Finanças da China anunciou que o país vai reduzir no próximo ano tarifas sobre produtos que vão de carne suína congelada e abacate a alguns tipos de semicondutores, conforme o país busca aumentar as importações.

"A medida acontece no momento em que a China busca ampliar seus estoques de carne de porco, diante da epidemia de febre suína", disse a XP em nota sobre a medida chinesa. "As tarifas sobre alguns produtos cairão a zero e diversos países, incluindo o Brasil, deverão ser beneficiados."

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