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Dólar avança para R$ 2,86 com rebaixamento da Petrobras

Na noite da terça-feira (24), a Moody's rebaixou os ratings da Petrobras para "Ba2", contra "Baa3", citando investigações sobre corrupção e pressões de liquidez

25 fev 2015 - 18h16
(atualizado em 26/2/2015 às 08h38)
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<p>A agência Moody's ainda manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento</p>
A agência Moody's ainda manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O dólar fechou em alta de mais de 1% ante o real nesta quarta-feira (25), após a agência de classificação de risco Moody's rebaixar a Petrobras ao grau especulativo, diminuindo ainda mais a atratividade de ativos brasileiros e piorando a perspectiva de recuperação econômica do País.

A moeda americana subiu 1,22%, a R$ 2,8681 na venda, após cair mais de 1,5% na véspera. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão (aproximadamente R$ 4 bilhões).

Com isso, a divisa recuperou praticamente todo o terreno perdido na sessão passada, quando o mercado reagiu à falta de uma sinalização mais contundente sobre uma alta de juros nos Estados Unidos no discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen.

Na noite da terça-feira (24), a Moody's rebaixou os ratings da Petrobras para "Ba2", contra "Baa3", citando investigações sobre corrupção e pressões de liquidez que podem resultar do atraso da divulgação das demonstrações financeiras auditadas. Além disso, a agência manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento.

"É mais um item naquela lista cada vez maior de fatores negativos sobre o Brasil", desabafou o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca, ressaltando que a piora da classificação de risco da Petrobras contribui para dificultar a recuperação da economia brasileira.

Segundo estimativas do banco britânico Barclays, que passou a projetar contração de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, a redução dos investimentos da petroleira devido ao escândalo deve subtrair 0,5% do crescimento da economia brasileira em 2015.

Fed e BC brasileiro

Investidores monitoraram também o discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, em sessão do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, mas, segundo analistas, o pronunciamento não trouxe novidades que poderiam mudar a trajetória ascendente do dólar.

Na véspera, ela afirmou que o banco central americano está se preparando para começar a debater "de reunião para reunião" a possibilidade de aumentar os juros, mas que descartar a expressão "paciente" de seu comunicado não significará necessariamente que o aperto monetário terá início em duas reuniões.

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 500 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.500 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,9 milhões.

O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 91% do lote total.

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