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Dólar cai 0,4% com mercado procurando nível de equilíbrio

Banco BNP Paribas, em relatório, ressaltou que a volatilidade cambial segue alta no Brasil, mas a tendência é que diminua

5 mai 2015 - 18h11
(atualizado em 6/5/2015 às 09h00)
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Mulher segura notas de dólares em cima de notas de real no Rio de Janeiro. 31/03/2015
Mulher segura notas de dólares em cima de notas de real no Rio de Janeiro. 31/03/2015
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira (5), mas longe das mínimas da sessão, à medida que investidores buscam um nível de equilíbrio para a moeda após quatro sessões de avanço que vieram na sequência de semanas de quedas.

A moeda norte-americana caiu 0,39%, a R$ 3,0687 na venda, após atingir R$ 3,0925 na máxima e R$ 3,0422 na mínima da sessão. Nas quatro sessões anteriores, o dólar acumulou alta de 5,44%. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão.

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A divisa dos Estados Unidos também recuava em relação a outras moedas emergentes importantes, o que corroborava o alívio no mercado doméstico.

"Em termos de fundamento, o dólar deveria oscilar um pouco acima de R$ 3, mas a volatilidade está muito alta. O mercado está procurando um nível para se assentar", destacou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O banco BNP Paribas, em relatório, ressaltou que a volatilidade cambial segue alta no Brasil, mas a tendência é que diminua.

O modelo cambial do banco estimou o nível justo do câmbio em R$ 3,016, com base em indicadores econômicos, no balanço de pagamentos e nos termos de troca. Considerando os níveis atuais do dólar, o BNP Paribas não fez recomendações para posições cambiais.

Cresce fila do desemprego na capital brasileira do petróleo:

De maneira geral, operadores concordam que o câmbio será guiado nas próximas semanas pelas perspectivas em relação ao ajuste fiscal no Brasil e às políticas monetárias brasileira e norte-americana. Na quinta-feira será divulgada a ata da reunião do Copom da semana passada, que pode trazer luz sobre o futuro da taxa Selic, enquanto o relatório de emprego nos Estados Unidos - importante dado para balizar apostas sobre o início do aperto monetário nos EUA - será conhecido na sexta-feira.

"Se os dados dos EUA vierem bons, o mercado vai voltar a colocar na conta uma alta de juros daqui a pouco, e aí vem mais uma onda de pressão sobre o dólar", disse o superintendente de câmbio de uma gestora de recursos nacional.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, vendendo a oferta total de até 8,1 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou o correspondente a US$ 787 milhões, ou cerca de 8% do lote total, equivalente a US$ 9,656 bilhões.

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