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Dólar cai pela terceira sessão seguida ante o real após dados fracos da economia dos EUA

5 jun 2023 - 17h10
(atualizado às 17h34)
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O dólar à vista recuou nesta segunda-feira pela terceira sessão consecutiva ante o real, em sintonia com a queda da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, após dados mais fracos da economia norte-americana reduzirem as apostas de que o Federal Reserve (Fed) elevará sua taxa básica no curto prazo.

Dólar à vista fecha em baixa de 0,39%
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa
Dólar à vista fecha em baixa de 0,39% 17/07/2022 REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa
Foto: Reuters

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9309 reais na venda, com baixa de 0,48%. Em três sessões, a moeda norte-americana acumulou baixa de 2,79%.

Na B3, às 17:27 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,67%, a 4,9515 reais.

A moeda norte-americana subiu ante o real apenas durante os primeiros minutos de sessão, tendo migrado para o território negativo rapidamente. A divulgação de novos dados da economia norte-americana acabou definindo o rumo das cotações.

As encomendas às fábricas norte-americanas aumentaram 0,4% em abril, após um ganho de 0,6% em março, informou o Departamento de Comércio. O percentual ficou abaixo do esperado pelos economistas consultados pela Reuters, de alta de 0,8%.

Já o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) disse que seu PMI do setor de serviços dos EUA caiu para 50,3 no mês passado, de 51,9 em abril. Economistas consultados pela Reuters previam 52,2.

Os dados fracos da economia norte-americana reduziram as preocupações com a inflação e as apostas de que, em sua reunião deste mês, o Fed elevará a taxa básica de juros, hoje na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano.

Para Cleber Alessie, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM, a mais recente busca global por ativos de maior risco também está ligada ao acordo para suspender o teto da dívida norte-americana.

"O mercado vem recompondo um pouco de risco ou desmontando as posições de proteção de um calote dos EUA", comentou. "Outra coisa é a política monetária dos EUA aliviando. Os juros devem parar de subir com tanta tração lá fora", acrescentou.

Alessie citou ainda algum alívio, no Brasil, com o andamento do novo marco fiscal no Congresso e com a inflação mais comportada. "Então, o mercado de câmbio olha o copo meio cheio, e não meio vazio", afirmou, para justificar parte do otimismo que tem conduzido as quedas do dólar ante o real.

Neste cenário, o dólar se manteve em baixa ante moedas como o real e o peso mexicano nesta segunda-feira, embora subisse no fim da tarde ante divisas como a lira turca. A moeda norte-americana seguia em queda ante uma cesta de moedas fortes.

Às 17:27 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,13%, a 104,010.

No Brasil, pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de julho.

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