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Dólar fecha a R$ 2,74, atento a Petrobras e Grécia

O giro financeiro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares

5 fev 2015 - 17h42
(atualizado em 6/2/2015 às 10h04)
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O dólar fechou perto da estabilidade nesta quinta-feira, sustentando-se perto das máximas em quase uma década diante de apreensão sobre a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro e a sucessão na Petrobras, mas operações de ajustes de portfólio após a expressiva alta das últimas sessões limitaram os ganhos.

<p>A moeda norte-americana teve variação negativa de 0,02 por cento, a 2,7415 reais na venda, após chegar a 2,7625 reais na máxima da sessão e 2,7220 reais na mínima do dia</p>
A moeda norte-americana teve variação negativa de 0,02 por cento, a 2,7415 reais na venda, após chegar a 2,7625 reais na máxima da sessão e 2,7220 reais na mínima do dia
Foto: Gary Cameron / Reuters

A moeda norte-americana teve variação negativa de 0,02 por cento, a 2,7415 reais na venda, após chegar a 2,7625 reais na máxima da sessão e 2,7220 reais na mínima do dia. Com isso, permaneceu na região das máximas de fechamento em quase dez anos, que renovou na sessão passada.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares.

"É difícil encontrar espaço para cair num contexto de tantas incertezas, e vimos muita gente aproveitando as altas (do dólar) para vender", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, ressaltando que o mercado está "estressado".

O premiê grego, Alexis Tsipras, prometeu nesta quinta-feira "colocar um fim de uma vez por todas" às política de austeridade impostas pela União Europeia e negociar de forma dura em favor de um novo acordo para a Grécia.

As declarações intensificaram as preocupações com o futuro do país na zona do euro, após o Banco Central Europeu (BCE) abruptamente deixar de aceitar na noite passada títulos gregos como garantias de empréstimos.

"O tom do discurso do premiê da Grécia é extremamente duro. Parece que os esforços de negociação não estão rendendo resultados", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

No Brasil, incertezas sobre a sucessão na diretoria da Petrobras, envolvida em esquema de corrupção bilionário, também deixaram investidores cautelosos. Na quarta-feira, a presidente-executiva da empresa, Maria das Graças Foster, e mais cinco diretores renunciaram aos cargos.

Analistas acreditam que, mesmo com uma nova diretoria, a situação financeira da estatal não melhorará rapidamente.

"O estresse é compreensível, temos notícias desfavoráveis tanto aqui quanto lá fora", disse o operador de uma corretora internacional. "Como, até agora, o Banco Central não deu sinais de que pode atuar mais no câmbio, o mercado se sente à vontade para colocar o câmbio em patamares que acha mais apropriado."

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps, que equivalem a venda futura de dólares, pelas intervenções diárias. Foram vendidos 1 mil contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1 mil contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 98,1 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a 10,438 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 25 por cento do lote total.

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