Dólar fecha em queda após Levy e Dilma alinharem discursos
Moeda norte-americana fechou com queda de 0,27%, a R$ 3,23
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira após a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, adotarem discursos alinhados, dissipando preocupações de que recentes declarações do ministro sobre a presidente pudessem gerar atrito entre os dois.
Dilma afirmou que Levy foi mal-interpretado ao fazer comentários sobre ela e que não há motivos para complicações devido ao episódio. O ministro também reforçou o alinhamento com a presidente, dizendo que a "confiança mútua é muito sólida".
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Os dois comentavam sobre o áudio publicado pelo site do jornal Folha de S. Paulo no sábado, de uma apresentação do ministro Levy, em que ele diz que a presidente Dilma Rousseff tem desejo genuíno de acertar, mas nem sempre faz as coisas da maneira mais efetiva.
A moeda norte-americana fechou com queda de 0,27%, a R$ 3,2317 na venda, após ser negociado a R$ 3,2902 na máxima da sessão e a R$ 3,2082 na mínima.
"A fala dele (Levy) e a própria presidente vindo a público acalmaram o mercado", disse o economista-chefe do banco BESI Brasil, Jankiel Santos.
O alinhamento mostrado pela presidente e pelo ministro fez com que o cenário local se sobressaísse ao externo, em que o dólar tinha valorização de cerca de 0,8% em relação a uma cesta de moedas nesta segunda-feira.
Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume equivalente a US$ 97,8 milhões. Foram vendidos 1 mil contratos com vencimento em 1º de dezembro de 2015 e 1 mil swaps para 1º de março de 2016.
O BC realizou ainda um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, no que deve ser o último para este vencimento, se a autoridade monetária mantiver o padrão de realizar os leilões até o penúltimo dia útil do mês. Ao todo, foram rolados cerca de 75% do lote total, correspondente a US$ 9,964 bilhões.