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Dólar fecha o dia em queda de 2,01% com cotação em R$ 3,23

A moeda americana caiu 2,01%, a R$ 3,2302 na venda; na semana, o dólar caiu 0,58% ante o real

20 mar 2015 - 18h07
(atualizado às 18h08)
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<p>Pela manhã, a moeda dos EUA chegou a subir, atingindo R$ 3,3164 na máxima da sessão, maior nível em quase 12 anos</p>
Pela manhã, a moeda dos EUA chegou a subir, atingindo R$ 3,3164 na máxima da sessão, maior nível em quase 12 anos
Foto: Lucas Jackson (UNITED STATES - Tags: BUSINESS) / Reuters

O dólar fechou em queda de 2% ante o real nesta sexta-feira (20), anulando os ganhos acumulados na semana e interrompendo sequência de três altas semanais, diante do bom humor generalizado nas praças financeiras internacionais.

A moeda americana caiu 2,01%, a R$ 3,2302 na venda. Na semana, o dólar caiu 0,58% ante o real, após subir nas três semanas anteriores.

A divisa atingiu R$ 3,2017 na mínima do dia, mas reduziu as perdas na segunda metade da sessão à medida que investidores compraram dólares para se protegerem de possíveis notícias negativas no fim de semana.

Pela manhã, a moeda dos EUA chegou a subir, atingindo R$ 3,3164 na máxima da sessão, maior nível em quase 12 anos. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 5,1 bilhões).

Operadores citaram uma série de fatores para explicar o clima favorável, incluindo o tom mais cauteloso adotado pelo Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, em sua decisão de política monetária nesta semana, o programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) e a promessa de reformas da Grécia.

Decisão do BC norte-americano traz alívio aos mercados:

Isso acabou deixando de lado, por ora, os atritos entre o governo e o Congresso e preocupações com o ajuste fiscal, mas operadores mantiveram essas questões no radar. Segundo eles, o quadro de apreensão deve sustentar a volatilidade nas próximas sessões. "O mundo inteiro está vendendo dólares e o resultado é uma trégua aqui. Resta saber se ela vai ser duradoura ou não", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.

O euro, por exemplo, subia cerca de 1,5% ante o dólar nesta sessão e caminhava para marcar o maior ganho semanal desde o início de 2013, pouco após o BCE começar a imprimir dinheiro para comprar títulos soberanos europeus.

Também ajudou esse movimento a perspectiva de que os juros americanos vão demorar um pouco mais para começar a subir e isso acontecerá de forma mais lenta. "O Fed está sendo muito claro sobre o que está fazendo. Quando começar o aperto, será tão lento e mitigado que não terá um grande impacto", explicou Katherine Rooney Vera, analista do Bulltick.

<p>Operadores citaram uma série de fatores para explicar o clima favorável, incluindo o tom mais cauteloso adotado pelo Federal Reserve (FED)</p>
Operadores citaram uma série de fatores para explicar o clima favorável, incluindo o tom mais cauteloso adotado pelo Federal Reserve (FED)
Foto: Anton Watman / Shuttestock
Real respira

Nesse contexto, o real ganhou fôlego após se desvalorizar firmemente nas últimas semanas. Investidores temem que as turbulências políticas dificultem ainda mais o reequilíbrio das contas brasileiras e têm cada vez mais dúvidas sobre se o programa de intervenção diária do Banco Central no câmbio será estendido além deste mês.

"Ajustes de cotação no curto prazo podem ser verificados, mas o processo de realinhamento de preços ainda continua", escreveram analistas da Lerosa Investimentos em nota a clientes.

Nesta manhã, o BC brasileiro deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a US$ 97,4 milhões. Foram vendidos 650 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.350 para 1º de março de 2016.

A autoridade monetária também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, rolou cerca de 53% do lote total, que corresponde a US$ 9,964 bilhões.

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