Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Dólar fecha perto da estabilidade ante real com cenário benigno no Brasil e no exterior

7 jun 2021 - 17h11
(atualizado às 17h32)
Compartilhar
Exibir comentários

Por Luana Maria Benedito

Notas de reais e dólares retratadas em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares retratadas em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar fechou perto da estabilidade em relação à moeda brasileira nesta segunda-feira, mantendo-se próximo da marca de 5 reais em meio à melhor percepção dos investidores sobre os cenários doméstico e internacional, enquanto as expectativas giravam em torno das próximas reuniões de política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve.

A moeda norte-americana à vista teve variação positiva de 0,03%, a 5,0380 reais na venda. Na B3, o dólar futuro era negociado em queda de 0,28%, a 5,048 reais.

O dólar spot quebrou uma sequência de três pregões consecutivos de queda, depois de fechar a sexta-feira em 5,037 reais na venda, seu menor patamar desde 10 de junho de 2020.

Mesmo assim, a divisa continua próxima de suas mínimas recentes contra o real e já acumula perda de quase 3% no acumulado do ano. Para Thomas Giuberti, da Golden Investimentos, isso é reflexo de um cenário doméstico mais promissor, já que "os riscos vêm se normalizando de forma considerável".

"Temos a inflexão para um ambiente mais promissor, com crescimento econômico forte, e o cenário mais benigno reflete nos ativos, que têm muito espaço para subir."

Na semana passada, o IBGE informou que a economia do Brasil registrou crescimento no primeiro trimestre de 2021 e retornou ao patamar pré-pandemia, dando sequência à recuperação dos danos causados pela pandemia da Covid-19.

Além da melhor percepção dos investidores sobre o cenário doméstico, há um ambiente de fraqueza internacional da moeda norte-americana, disse Giuberti, com o índice do dólar contra uma cesta de moedas sendo negociado abaixo da marca de 90.

Ele chamou a atenção também para a "calmaria" no mercado de Treasuries e um grande espaço para a recuperação de ativos de países emergentes não asiáticos em relação a seus pares mais amplos, bem como expectativas de manutenção de juros nos Estados Unidos.

Na semana que vem, o Federal Reserve anunciará sua decisão sobre a política monetária. Antes da reunião de 15 a 16 de junho do banco central norte-americano, as expectativas dos mercados internacionais giram em torno de dados desta semana, como a leitura sobre os preços aos consumidores norte-americanos de quinta-feira, depois que um relatório de emprego recente dos EUA aliviou temores de que a maior economia do mundo está acelerando a um ritmo que poderia alimentar a inflação.

A economia norte-americana criou apenas 266 mil vagas de trabalho em abril, depois de abrir 770 mil postos em março, disse o Departamento de Trabalho dos EUA na última sexta-feira.

O Banco Central do Brasil também se reúne na semana que vem. Em seu último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu por uma segunda alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da Selic, para 3,5%, e sinalizou a intenção de fazer um terceiro aperto da mesma magnitude na reunião de 15 e 16 de junho.

Segundo especialistas, o ciclo de aperto monetário no ambiente doméstico tende a ser positivo para o real, uma vez que torna investimentos locais atrelados aos juros básicos mais atraentes para o investidor estrangeiro.

(Edição de Isabel Versiani)

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade