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Dólar fecha quase estável ante real, mas avança na semana

Dólar subiu durante oito das últimas nove semanas, período em que acumulou avanço de quase 15%

7 nov 2014 - 17h53
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Funcionário de casa de câmbio conta notas de dólares em Manila. 19/09/2013
Funcionário de casa de câmbio conta notas de dólares em Manila. 19/09/2013
Foto: Romeo Ranoco / Reuters

O dólar fechou quase estável ante o real nesta sexta-feira, mas marcou mais uma alta semanal devido a persistentes incertezas sobre a política econômica do segundo mandato de Dilma Rousseff.

A moeda norte-americana chegou a encostar em R$ 2,59 na máxima da sessão mas terminou o dia com leve alta de 0,11%, a R$ 2,5634 na venda, pois dados piores do que o esperado sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos limitaram o avanço da divisa.

Na semana, a alta foi de 3,4%. O dólar subiu durante oito das últimas nove semanas, período em que acumulou avanço de quase 15%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro nesta sessão ficou em US$ 1,2 bilhão.

"O mercado vai continuar se protegendo no dólar enquanto não tivermos mais detalhes sobre o futuro", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

A principal dúvida dos investidores é sobre o futuro da política fiscal brasileira, criticada por ser excessivamente expansionista e pouco transparente.

Um sinal importante sobre a disposição do governo de cortar gastos virá com a escolha do novo ministro da Fazenda. Nesta semana, no entanto, Dilma afirmou que só nomeará o sucessor de Guido Mantega após a reunião do G20, que ocorre em 15 e 16 de novembro.

"A situação está tão incerta agora que, quando não tem notícias que poderiam mexer com o mercado, o dólar sobe", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

O clima de indefinição chegou a impulsionar o dólar a R$ 2,5899 na máxima da sessão, alta de mais de 1%. Mas a moeda norte-americana reduziu a alta após dados mostrarem que os EUA criaram menos postos de trabalho do que o esperado no mês passado.

Segundo analistas, os números reforçaram expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não aumente os juros antes do segundo semestre de 2015, mantendo a atratividade de ativos de economias emergentes como a brasileira.

"Os números fracos de geração de emprego nos EUA deixam claro que a situação não é completamente confortável lá e o Fed não deve começar a subir os juros em breve", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 2,5 mil contratos para 1º de junho e 1,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 196,6 milhões.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 9 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 18% do lote total, equivalente a US$ 9,831 bilhões.

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