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Dólar recua e fecha semana a R$ 2,67 em movimento de ajuste

26 dez 2014 - 19h29
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<p>Segundo dados da BM&amp;F,&nbsp;o volume financeiro&nbsp;ficou em torno de US$ 1,4 bilh&atilde;o; na semana, o d&oacute;lar teve alta de&nbsp;0,63%.</p>
Segundo dados da BM&F, o volume financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão; na semana, o dólar teve alta de 0,63%.
Foto: Gary Cameron / Reuters

O dólar caiu ante o real nesta sexta-feira, com investidores aproveitando a ausência de divulgação de dados econômicos relevantes para corrigir parte da alta recente da divisa. A moeda americana recuou 0,83%, alcançando R$ 2,6741 na venda.

Segundo dados da BM&F, o volume financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão (aproximadamente R$ 3,75 bilhões). Na semana, o dólar teve alta de 0,63%.

"O movimento hoje foi de correção da alta de terça-feira que foi um pouco exagerada", disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria. Na terça, a divisa americana subiu 1,64% ante o real, a R$ 2,7045 na venda, repercutindo o dado sobre o crescimento da economia dos Estados Unidos.

O mercado ficou fechado na véspera devido ao feriado de Natal e os investidores também já se preparam para as festas de Reveillón.

Nos próximos dias, as cotações podem ficar mais voláteis antes do fechamento da Ptax do ano, a referência para uma série de contratos financeiros calculada pelo Banco Central (BC).

Leilão de dólares

Com apenas alguns dias úteis para o fim de 2014, o BC ainda não detalhou os volumes de swaps cambiais --derivativos que equivalem à venda de dólares no mercado futuro-- que serão oferecidos no próximo ano dentro de seu programa de intervenção.

O presidente do órgão monetário, Alexandre Tombini, já disse que a oferta diária de swap pode ser reduzida para até US$ 50 milhões. Atualmente, a autoridade monetária oferece o equivalente a US$ 200 milhões em swaps diariamente.

"Pela lógica, o BC reduziria a oferta (diária de swaps), mas não pode fazer porque a pressão de alta no dólar cresceria, o que é ruim para a inflação", afirmou o gerente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, para quem a moeda americana continuará rondando os R$ 2,70 no curto prazo.

No ano, o dólar acumula alta de 13,4% sobre o real.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, ofertando até 4 mil swaps cambiais, com volume equivalente a US$ 196,3 milhões. Foram 2,05 mil papéis com vencimento em 1º de setembro de 2015 e 1,95 mil para 1º de dezembro de 2015.

O BC também vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, que equivalem a US$ 9,827 bilhões. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 90% do lote total.

Os investidores também vão continuar atentos ao noticiário sobre a nova equipe econômica da presidente Dilma Roussef --encabeçada pelos ministros indicados Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), além de Tombini - e quais medidas, sobretudo na área fiscal, vão ser adotadas para tentar resgatar a confiança dos agentes econômicos.

No exterior, as atenções continuavam voltadas à Rússia, cuja moeda tem sofrido fortes perdas diante da queda nos preços internacionais do petróleo, e aos próximos passos do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Diante dos recentes sinais de fortalecimento da economia americana, cresciam as apostas de que o Fed elevará mais cedo a taxa de juros da maior economia do mundo, movimento que pode atrair aplicações financeiras hoje alocadas em outros mercados, como o brasileiro.

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