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Dólar recua por dados dos EUA, mas não rompe R$ 2,20

Moeda recuou 0,23%; giro financeiro ficou em torno de US$ 2,6 bilhões

1 jul 2014 - 18h10
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Foto de uma nota de 100 dólares tirada em um banco, em Seoul. Nesta quarta-feira, o dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta e foi abaixo da barreira dos 2,20 reais. 20/09/2011
Foto de uma nota de 100 dólares tirada em um banco, em Seoul. Nesta quarta-feira, o dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta e foi abaixo da barreira dos 2,20 reais. 20/09/2011
Foto: Lee Jae-Won / Reuters

Dados fracos sobre a economia dos Estados Unidos levaram o dólar a fechar em queda sobre o real nesta terça-feira, seguindo o movimento no exterior, mas não foram suficientes para fazer a moeda americana romper de forma consistente o piso dos R$ 2,20.

A moeda recuou 0,23%, a R$ 2,2050 na venda, após bater R$ 2,1996 na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,6 bilhões. "Os números tendem a reduzir o otimismo em relação à recuperação econômica (dos EUA), principalmente com o mercado focado no relatório de emprego de quinta-feira", afirmou o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

O ritmo de crescimento do setor industrial dos EUA desacelerou ligeiramente em junho, segundo relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês). Segundo Tuesta, os dados alimentam expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa adiar o eventual aumento da taxa básica de juros, com medo de impactos sobre a atividade econômica.

Boa parte do mercado acredita que a autoridade monetária no Brasil não quer o dólar fora do intervalo de R$ 2,20 a R$ 2,25, com medo de impactos sobre as exportações e a inflação. E, para isso, deverá, de modo geral, dosar as rolagens dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar. "O que se discute agora é como o BC vai atuar daqui para frente", afirmou o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold, que acredita que o BC aguardará algumas sessões para avaliar o mercado e anunciar as condições da rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de agosto, equivalentes a US$ 9,457 bilhões.

Quando o BC sinalizou, no início do mês passado, que poderia rolar uma fatia menor dos swaps que venceram em julho, a moeda americana passou a subir e testou níveis próximos de R$ 2,30. Mas a autoridade monetária aumentou as ofertas e o dólar retomou a trajetória de queda, voltando a operar dentro da banda informal.

No total, foram rolados pouco mais de 85% do lote total de julho, correspondente a US$ 10,060 bilhões, acima das fatias nos meses anteriores, de 50% a 75%. No semestre passado, a moeda americana acumulou queda de 6,26% sobre o real. "Não vejo o dólar conseguindo se firmar abaixo de R$ 2,20. Sempre que a taxa chega perto desse nível, o mercado antecipa alguma ação do BC e compra dólar", afirmou o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Além das rolagens, o BC vem atuando diariamente no mercado desde agosto do ano passado ofertando novos contratos de swaps e, nesta sessão, inicia uma nova fase do programa que vai durar até pelo menos o fim deste ano. Neste pregão, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, todos com vencimento em 2 de fevereiro de 2015 e volume equivalente a US$ 198,8 milhões. O BC também ofertou contratos para 1º de junho, mas não aceitou propostas.

Nos mercados internacionais, o euro recuou da máxima em seis semanas contra o dólar, diante de preocupações com possível intervenção verbal do Banco Central Europeu (BCE) após a força recente da moeda europeia.

Jogo e Ptax

O BC informou nesta tarde que o fechamento da Ptax será divulgado a partir das 12h10 na sexta-feira, dia do jogo do Brasil contra a Colômbia nas quartas de final da Copa do Mundo, e será calculada a partir de três consultas.

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