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Dólar sobe com preocupação fiscal e encerra semana acima de R$5,60

Na semana, moeda norte-americana acumula ganhos de 2,92%

11 out 2024 - 17h14
(atualizado às 17h55)
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Às 17h31, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,44%, a 5,6225 reais na venda.
Às 17h31, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,44%, a 5,6225 reais na venda.
Foto: Reuters

O dólar fechou a última sessão da semana novamente acima de 5,60 reais, impulsionado pelas preocupações dos investidores com o equilíbrio fiscal no Brasil, ainda que no exterior a moeda norte-americana cedesse ante a maior parte das demais divisas de emergentes nesta sexta-feira.

O dólar à vista fechou em alta de 0,55%, cotado a 5,6156 reais. Na semana, a divisa acumulou ganhos de 2,92%.

Às 17h31, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,44%, a 5,6225 reais na venda.

A moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa ante o real no início da sessão, em sintonia com a maior acomodação da divisa dos EUA no exterior após a divulgação de dados considerados neutros da inflação ao produtor.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA em setembro ficou estável, ante expectativa de alta de 0,1% de economistas ouvidos pela Reuters.

Pouco depois do PPI, às 9h32, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,5593 reais (-0,46%) no Brasil. Mas durante a manhã o dólar escalou patamares bem mais altos ante o real, atingindo a máxima de 5,6543 reais (+1,24%) às 10h52.

Por trás do movimento estavam novamente preocupações em torno do equilíbrio fiscal brasileiro -- fator que também sustentou o forte avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) nesta sexta-feira.

"Estamos em trajetória de alta de juros por aqui e de queda nos EUA. Então o carry trade para o Brasil está muito atrativo e temos ainda os estímulos (à economia) da China, o que coloca tudo a favor do real", comentou durante a tarde Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

No carry trade, investidores tomam recursos em países com taxas de juros baixas e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior. O fluxo de entrada de recursos no país tende a jogar as cotações do dólar para baixo.

"Só que o gringo não está entrando. Apesar dos fatores macro para termos um real mais forte, há uma coisa engasgada no mercado: o fiscal", acrescentou Massote.

As preocupações com o equilíbrio fiscal permearam os negócios apesar de não terem surgido novidades de impacto nesta área nos últimos dias. Na manhã desta sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista a uma rádio de Fortaleza, mas suas declarações não fugiram do roteiro recente.

Lula defendeu que a ampliação da faixa de isenção de imposto de renda, para até 5 mil reais, seja compensada pela taxação dos mais ricos, repetindo declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Os receios com o equilíbrio fiscal brasileiro sustentaram o dólar no Brasil nesta sexta-feira a despeito de, no exterior, a moeda norte-americana estar em baixa ante divisas pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Em relação às divisas fortes, o dólar sustentava leves ganhos. Às 17h21, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,04%, a 102,930.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

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