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Dólar sobe e volta a R$ 3,15 com movimento de correção

25 ago 2017 - 17h18
(atualizado às 17h23)
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Notas de reais e dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O dólar encerrou a sexta-feira em leve alta ante o real, com o investidor se valendo da notícia de que o governo adiou a retomada das negociações para a reforma da Previdência para promover uma correção nos preços.

Até o meio da tarde, a moeda vinha exibindo pequenas variações, após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, não mencionar detalhes da política monetária do banco central dos Estados Unidos durante seu discurso em Jackson Hole, e à espera do discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, no mesmo simpósio.

O dólar avançou 0,23%, a R$ 3,1544 na venda, depois de bater a máxima de R$ 3,1636. Na semana, a moeda acumulou alta de 0,27%. O dólar futuro subia cerca de 0,15%.

"A notícia serviu de estopim para uma leve realização de lucros. O adiamento estressa, mas os investidores ainda não jogaram a toalha", comentou o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Fontes palacianas ouvidas pela Reuters informaram que o governo adiou mais uma vez a retomada da negociação sobre reforma da Previdência, considerada fundamental para o ajuste fiscal, apesar de manter a aposta da aprovação até o final deste ano. O governo vai tentar aprovar rapidamente as medidas econômicas enviadas ao Congresso, entre elas o aumento da meta de déficit fiscal para 2017 e 2018.

Embora sem muito vigor, o dólar trabalhou predominantemente em queda até o meio da tarde, após a chair do Fed não falar sobre política monetária em seu discurso.

Yellen disse que as reformas implementadas após a crise de 2007 a 2009 fortaleceram o sistema financeiro sem prejudicar o crescimento econômico, e qualquer mudança futura deve continuar modesta.

A fala do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em Jackson Hole, também não trouxe novidades sobre política monetária, o que favoreceu o avanço do euro ante o dólar.

A divisa norte-americana caía forte ante uma cesta de moedas fortes e também ante de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

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