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Dólar sobe na contramão do exterior com aversão a risco acentuada no Brasil

11 out 2024 - 09h11
(atualizado às 12h35)
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O dólar subia frente ao real nesta sexta-feira, na contramão do movimento em demais mercados emergentes, à medida que a aversão a risco era acentuada por preocupações com o cenário fiscal no Brasil, fazendo a cotação da moeda norte-americana ultrapassar 5,65 reais em determinado momento da manhã.

Às 12h11, o dólar à vista subia 0,9%, a 5,6351 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,99%, a 5,654 reais na venda.

O real ampliava ainda mais as perdas desta semana ante o dólar, com a falta de apetite por risco no exterior afetando um cenário doméstico já ruim na visão de investidores, que inclui desequilíbrio das contas públicas e uma atividade econômica superaquecida.

"É um momento no curto prazo de aversão ao risco no mercado internacional. No Brasil, isso reflete no preço do dólar... Mas tem um pouco de incerteza fiscal também", disse Brayan Campos, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

No exterior, o cenário negativo para ativos de maior risco, segundo analistas, tem como principais fatores a escalada nas tensões do Oriente Médio, a incerteza quanto à política monetária do Federal Reserve e um certo mal estar com medidas de estímulo na China.

Os elementos externos têm sido a principal causa para a valorização do dólar frente ao real nas últimas sessões, com a moeda norte-americana em alta de 3,27% na semana.

Nesta sexta-feira, no entanto, a maioria das moedas emergentes ganhava contra o dólar, em um movimento de ajuste em sessão de agenda internacional esvaziada.

"Temos um cenário doméstico nada bom, tendo como reflexo o dólar para cima, machucando bastante os ativos por aqui", disse Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

A junção de fatores externos e domésticos ruins também tinha efeito na curva de juros brasileira, com as taxas futuras registrando altas sólidas nesta sessão. Todos os contratos com vencimento a partir de janeiro de 2027 subiam mais de 1%.

Mais cedo, na primeira hora de negociação, o real chegou a acompanhar seus pares emergentes no movimento de ajuste, com o dólar registrando a mínima de 5,5593 reais na sessão, com queda de 46%.

Os mercados ainda aguardam uma importante coletiva de imprensa do Ministério das Finanças da China no sábado, em que devem ser detalhadas algumas das medidas fiscais a serem adotadas pelo governo para impulsionar a economia, o que pode estimular moedas de países exportadores de commodities.

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