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Dólar sobe quase 1% e se reaproxima dos R$5,60 sob influência do exterior

Em outubro, a moeda norte-americana acumula elevação de 2,54%

9 out 2024 - 17h06
(atualizado às 18h59)
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Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,87%, a 5,5990 reais na venda.
Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,87%, a 5,5990 reais na venda.
Foto: Reuters

Após superar os 5,60 reais durante a sessão, o dólar à vista fechou a quarta-feira pouco abaixo deste patamar no Brasil, em alta de quase 1%, com as cotações acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior, em mais um dia de elevação dos rendimentos dos Treasuries e de preocupações com a China.

O dólar à vista fechou em alta de 0,98%, cotado a 5,5874 reais. Em outubro, a divisa acumula elevação de 2,54%.

Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,87%, a 5,5990 reais na venda.

Assim como ocorreu em sessões anteriores, os yields dos Treasuries voltaram a subir nesta quarta-feira em meio à reprecificação do mercado para o futuro da taxa de juros nos EUA. Os dados de emprego da última sexta-feira continuaram a conduzir as apostas de que o Federal Reserve cortará juros em apenas 25 pontos-base em novembro -- e não em 50 pontos-base, como ocorreu em setembro.

Neste cenário de juros não tão baixos nos EUA, o dólar ganhou força ante a maior parte das demais divisas, incluindo o real, com investidores também à espera da divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve, no meio da tarde.

Além da política monetária dos EUA, parte do foco dos investidores permaneceu voltada para a China. O governo chinês anunciou nesta quarta-feira que o Ministério das Finanças realizará uma entrevista coletiva no sábado para detalhar as medidas fiscais de estímulo para impulsionar a economia. Na terça-feira os investidores globais haviam demonstrado certa decepção com as medidas anunciadas.

"Tem a questão da China também, do estímulo ser menor que o mercado esperava, o que impactou as commodities", comentou durante a tarde o chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Garcia.

Ele chamou a atenção para o fato de as divisas de países emergentes estarem perdendo valor ante o dólar durante a sessão, acrescentando que "o real aqui é a pior moeda".

Após registrar a cotação mínima de 5,5318 reais (-0,03%) às 9h01, logo após a abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,6004 reais (+1,21%) às 15h52, já após a divulgação da ata do Fed.

O documento mostrou que uma "maioria substancial" das autoridades na reunião de setembro do Fed apoiou o início do ciclo de corte de juros com uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica. No entanto, pareceu haver ainda mais concordância de que, com o movimento inicial, o Fed não estaria comprometido com nenhum ritmo específico de cortes no futuro.

"A ata não parece trazer informações suficientes para impactar de forma relevante o atual consenso de mercado que aponta para mais dois cortes de 0,25 (ponto percentual dos juros) até o final do ano", avaliou economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, em comentário enviado a clientes.

Neste cenário, às 17h08 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,42%, a 102,920.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 4,148 bilhões de dólares em setembro, com saídas de 4,574 bilhões de dólares pelo canal financeiro e entradas de 426 milhões de dólares pela via comercial.

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