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Dólar tem amplas oscilações no dia, mas fecha em leve alta com foco em Copom

5 ago 2020 - 17h05
(atualizado às 17h29)
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O dólar oscilou com altos e baixos e encerrou a sessão desta quarta-feira em leve alta, apesar da fraqueza da moeda no exterior, com analistas citando expectativas em torno da sinalização de política monetária do Banco Central ao anunciar mais tarde a decisão sobre os juros.

10/09/2015. REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015. REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O dólar à vista subiu 0,18%, a 5,2935 reais na venda. A moeda oscilou quase 10 centavos de real entre a máxima (5,321 reais, alta de 0,70%) e a mínima (5,2336 reais, queda de 0,95%).

"Dia segue totalmente errático, com agora pressão razoável em câmbio e juros", disse Sergio Machado, gestor na TRÓPICO Latin America Investments, em sua conta no Twitter.

Na B3, o dólar futuro tinha acréscimo de 0,29%, a 5,3035 reais, às 17h03. Os contratos futuros de juros negociados na B3 --uma referência para apostas sobre o rumo da Selic-- subiram, especialmente nos vértices longos, mais influenciados pelo sentimento relacionado a fatores estruturais, como a política fiscal.

"A questão não é se um corte de 0,25 ponto percentual na Selic hoje afeta ou não o 'carry trade'. O ponto é se haverá mais reduções (no juro)", disse Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

As sucessivas quedas no juro básico da economia foram citadas por muito tempo como razão para a maior pressão sobre o dólar, uma vez que diminuíram o retorno da renda fixa doméstica e deixaram o Brasil em desvantagem em termos de "yield" quando comparado a seus pares emergentes --prejudicando o cenário para fluxos.

Dados do Banco Central mostraram mais cedo que o Brasil registrou forte saída de recursos em julho, com fluxo cambial negativo em quase 3,3 bilhões de dólares, o pior para o mês em cinco anos e puxado por nova debandada de capital da conta financeira --por onde passam fluxos para portfólio e relativos a empréstimos, por exemplo.

Analistas da TD Securities veem corte de 0,25 ponto percentual na Selic nesta quarta, para mínima recorde de 2,00% ao ano, e um Banco Central "suficientemente 'dovish' (inclinado a queda dos juros)".

"O real não será afetado pela esperada decisão, no entanto, qualquer indicação de que política monetária não ortodoxa está em consideração, agora ou no futuro, pode prejudicar a moeda", afirmaram os profissionais em nota.

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