Dólar tem leve alta ante real com correção e exterior
O dólar operava em alta ante o real nesta quinta-feira, num movimento de correção diante da agenda política ainda tranquila e de olho no mercado externo.
Às 11:56, o dólar avançava 0,46%, a R$ 3,1588 na venda, depois de recuar 0,73% na véspera. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,55%.
"O mercado está voltando um pouco após o Fed ter trazido um comunicado mais 'dovish' do que o esperado", afirmou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.
Na véspera, o Fed manteve a taxa de juros e informou que esperava começar a normalização do balanço patrimonial "relativamente em breve", sinal de confiança na economia dos Estados Unidos.
Pesquisa Reuters com dealers do Fed logo após a decisão mostrou que os principais bancos de Wall Street estavam circulando em seus calendários o mês de setembro como a data para o início da redução do balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões do banco central.
Quinze dos 17 dealers que participaram da pesquisa preveram ainda que o próximo aumento dos juros ocorrerá em dezembro, quando esperam outra elevação de 0,25 ponto, para a faixa de 1,25% a 1,50%.
No exterior, o dólar tinha leve alta ante uma cesta de moedas, após cair à mínima de 13 meses na véspera. A moeda norte-americana também tinha leve valorização ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
A alta do dólar frente ao real também ocorria nesta sessão como movimento de correção, após ter ido abaixo de R$ 3,15 reais no dia anterior.
"A queda da véspera foi a um preço que atraiu compradores", afirmou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.
O ambiente doméstico estava mais tranquilo também, após o governo ter conseguido derrubar a liminar que impedia o aumento das alíquotas de PIS/Cofins sobre os combustíveis, reduzindo um pouco as preocupações com a situação fiscal do País.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou US$ 5,810 bilhões do total de US$ 6,181 bilhões que vence no mês que vem.