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Dólar tem leve alta e interrompe sequência de sete semanas de perdas

21 fev 2025 - 17h16
(atualizado às 17h28)
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O dólar à vista teve uma leve alta ante o real nesta sexta-feira, oscilando em margens estreitas e fechando a semana com ganhos, à medida que investidores continuaram demonstrando cautela diante das diversas incertezas no exterior, que abrangem questões comerciais, geopolíticas e macroeconômicas.

O dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$5,7304. Na semana, a moeda acumulou ganho de 0,58%, interrompendo sete semanas consecutivas de perdas semanais.

Às 17h14, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,42%, a R$5,736 na venda.

Com uma agenda novamente vazia no Brasil, os investidores voltaram suas atenções para o cenário externo nesta sessão.

A maior incerteza neste início de ano diz respeito aos planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem realizado ameaças constantes de impor tarifas sobre países e setores econômicos, mas tem até o momento apenas uma nova taxa -- de 10% sobre produtos chineses -- já em vigor.

Diante das inúmeras manchetes sobre o presidente norte-americano, que em sua mais recente declaração prometeu impor tarifas sobre madeira e produtos florestais, os agentes financeiros têm operado com cautela.

"É um reflexo da falta de qualquer gatilho aqui para o curto prazo que possa deflagrar um movimento de compra ou venda que impacte a liquidez", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

"Acho que dá para dizer também que o mercado segue 'ponderando' sobre os planos tarifários do Trump... o movimento de hoje reflete nitidamente o momento do mercado de compasso de espera, sem gatilhos firmes", completou.

Os mercados globais também aguardam o desenvolvimento das conversas recém-iniciadas entre EUA e Rússia pelo fim da guerra de quase três anos na Ucrânia, em que uma resolução de paz poderia trazer impulso para ativos mais arriscados.

A perspectiva do fim do conflito tem piorado nos últimos dias depois que Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, passaram a trocar críticas e insultos, dificultando um acordo, o que também explicaria o movimento de cautela nos mercados.

Na agenda desta sexta, os investidores ainda puderam analisar uma série de dados econômicos dos EUA, incluindo uma pesquisa de confiança ao consumidor e outra sobre a atividade empresarial, que vieram mais fracos do que o esperado.

Mas, apesar de terem impactado os rendimentos dos Treasuries, que recuavam na esteira dos números, os dados poucos influenciaram o mercado de câmbio.

Na contramão dos rendimentos dos Treasuries, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,23%, a 106,590.

Entre emergentes, ainda pesavam as fortes quedas do preços do petróleo nesta sessão, com perdas em torno de 3%, o que prejudica países exportadores da commodity como o Brasil.

Com isso, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil, com máxima de R$5,7358 (+0,55%), às 15h29, e mínima de R$5,6944 (-0,18%), às 12h31.

Na cena doméstica, investidores acompanharam comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do diretor de Política Monetária, Nilton David, ao longo do dia. Mas diante de todas as variáveis no exterior, as declarações tiveram pouca influência no mercado nacional.

"Hoje especificamente acho que não veio nenhuma surpresa", comentou Bergallo sobre as falas das duas autoridades brasileiras.

Pela manhã o Banco Central vendeu, em sua operação diária, 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

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