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Dólar tem leve alta e volta a superar R$5,50 com investidores à espera de dados

Moeda norte-americana fechou em leve alta de 0,18%; em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,71%

27 ago 2024 - 17h11
(atualizado às 18h58)
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Às 17h22, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,16%, a 5,5070 reais na venda.
Às 17h22, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,16%, a 5,5070 reais na venda.
Foto: Reuters

O dólar à vista registrou leve alta nesta terça-feira no Brasil, mas o suficiente para terminar novamente acima dos 5,50 reais, com as cotações acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes no exterior, enquanto investidores aguardam a divulgação de dados econômicos no restante da semana.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,18%, cotado a 5,5028 reais. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,71%.

Às 17h22, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,16%, a 5,5070 reais na venda.

Em um dia de agenda relativamente esvaziada no exterior, faltou ao mercado de câmbio um gatilho realmente forte que pudesse influenciar as cotações.

O dólar sustentou ganhos ante divisas como o peso mexicano, o peso colombiano e o peso chileno, o que trazia um viés de alta também em relação ao real. Mas como em sessões anteriores, as oscilações eram limitadas, com investidores aguardando novos dados para precificar melhor o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos.

Na quinta-feira saem nos EUA dados do Produto Interno Bruto e na sexta-feira o índice de preços PCE, bastante observado pelo Federal Reserve na formulação da política monetária.

"Hoje ainda tivemos um pouco de aversão a risco, por conta do conflito envolvendo Israel no Oriente Médio, que ontem deu força ao dólar. Mas a precificação é contida, e o mercado caminha de lado, aguardando novos dados", avaliou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

Internamente, destaque para a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 0,19% em agosto, após alta de 0,30% em julho. Em 12 meses ele ficou em 4,35%, um pouco abaixo do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,5%.

Economistas consultados pela Reuters estimavam alta de 0,20% do IPCA-15 em agosto, com aumento de 4,45% na comparação anual.Na abertura do índice, profissionais destacaram a desaceleração das taxas de serviços, serviços subjacentes e média dos núcleos, entre outros.

Os dados foram considerados favoráveis por boa parte dos analistas, mas ainda assim o dia foi de alta das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), que voltaram a precificar 100% de chances de elevação da taxa Selic em setembro. Atualmente a taxa básica de juros está em 10,50% ao ano.

Ainda que a precificação dos mercados indique corte de 25 pontos-base de juros pelo Federal Reserve em setembro e alta de 25 pontos-base pelo Banco Central no mesmo mês -- o que elevaria o diferencial de juros para o Brasil -- o dólar se manteve em patamares elevados.

"Se isso se confirmar (corte de juros nos EUA e aumento no Brasil), há espaço para um dólar a 5,30 reais ou mesmo 5,20 reais", pontuou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior. "Mas vamos ter que esperar um pouco para esta movimentação."

Nesta terça-feira, após registrar a cotação mínima de 5,4758 reais (-0,30%) às 9h, na abertura dos negócios, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,5201 reais (+0,50%) às 12h45. Depois, encerrou o dia na faixa dos 5,50 reais.

Às 17h19, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- caía 0,29%, a 100,560.

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