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Dólar tem ligeira queda após dados dos EUA e moderação de pressões externas

26 jul 2024 - 09h13
(atualizado às 10h25)
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O dólar tinha uma queda ligeira frente ao real nesta sexta-feira, em linha com a fraqueza da moeda norte-americana em mercados emergentes, enquanto os investidores analisavam dados de inflação dos Estados Unidos, que vieram moderados, apesar de um número um pouco acima do esperado para preços subjacentes.

Às 9h52, o dólar à vista caía 0,21%, a 5,6356 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,15%, a 5,651 reais na venda.

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6474 reais na venda, em baixa de 0,17%.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou que seu índice PCE -- o indicador de inflação preferido do Federal Reserve -- acelerou ligeiramente para uma alta de 0,1% em junho na base mensal, ante estabilidade em maio, em resultado que veio em linha com o esperado por economistas consultados pela Reuters.

Em 12 meses, o índice desacelerou para 2,5%, de 2,6% no mês anterior.

O núcleo do índice, no entanto, acelerou para uma alta de 0,2% em junho, ante 0,1% em maio. A pesquisa da Reuters apontava avanço de 0,1%.

Mesmo assim, os resultados sustentam a tese de moderação das altas de preços observadas no segundo trimestre, o que pode fornecer mais confiança para o Fed de que a inflação está retornando à sua meta de 2%, permitindo o início de um ciclo de afrouxamento monetário ainda neste ano.

Operadores mantinhas suas apostas de um primeiro corte de juros pelo Fed em setembro.

"A confirmação de que a inflação está esfriando pode abrir caminho para que o Fed inicie corte de juros já agora para setembro... um impulso para as moedas emergentes que sofreram muito nessas últimas semanas", disse Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

PRESSÕES EXTERNAS

Antes da divulgação dos dados dos EUA, a moeda norte-americana já vinha recuando na abertura no Brasil, uma vez que pressões externas que contribuíram para seu fortalecimento em mercados emergentes nesta semana estavam se dissipando.

O iene, cuja recuperação vinha provocando fuga de capital entre países emergentes, voltava a acumular perdas contra o dólar. A divisa norte-americana tinha alta de 0,27% em relação à moeda japonesa, a 154,35.

O iene se beneficiou nesta semana com as expectativas de um aumento de juros pelo Banco do Japão na próxima semana, o que motivou a reversão de operações de "carry trade", onde investidores assumem posições vendidas em relação ao iene e rentabilizam seus recursos em países com taxas de juros mais altas.

Essas operações, motivadas pelo diferencial entre as taxas de juros do Japão e dos EUA, eram responsáveis pela fraqueza do iene, segundo analistas.

Além disso, as moedas emergentes aproveitavam uma recuperação nas commodities, principalmente o minério de ferro, após novos estímulos econômicos da China. A piora na perspectiva econômica chinesa vinha derrubando os preços de matérias-primas nesta semana, afetando o apetite por risco em países exportadores de commodities.

Nesta manhã, o contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,5%, a 779 iuanes (107,45 dólares) a tonelada.

Com isso, o dólar se enfraquecia ante o peso mexicano, em queda de 0,36%, o rand sul-africano, em baixa de 0,5%, e o peso colombiano, recuando 0,23%.

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