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Dólar ultrapassa R$ 3,55 e fecha no maior valor em 12 anos

Em um dia de turbulência nos mercados internacionais, a moeda norte-americana ultrapassou R$ 3,55 e fechou no maior valor em mais de 12 anos

24 ago 2015 - 19h19
(atualizado às 19h27)
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Foto: Shutter

Em um dia de turbulência nos mercados internacionais, a moeda norte-americana ultrapassou R$ 3,55 e fechou no maior valor em mais de 12 anos. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 3,553, com alta de R$ 0,056 (1,61%). A cotação fechou no maior valor desde 5 de março de 2003 (R$ 3,555).

Durante toda a sessão, a divisa operou em alta. Na máxima do dia, por volta das 10h40, o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,57, mas o ritmo de aumento diminuiu nas horas seguintes. A moeda norte-americana acumula alta de 3,7% em agosto e de 33,62% em 2015.

O mercado financeiro mundial passou por grande inquietação relacionada às incertezas em relação à robustez da economia chinesa e às perspetivas de crescimento da economia mundial. A bolsa de Xangai encerrou a sessão de hoje com perda de 8,49%, a maior queda em oito anos. A bolsa de Shenzhen, segunda praça financeira da China, caiu mais de 7%.

As bolsas europeias, dos Estados Unidos e da América Latina acabaram por ser arrastadas e sofreram também perdas acentuadas, atingindo valores mínimos dos últimos anos. No Brasil, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, atingiu a menor pontuação desde abril de 2009.

A cotação de matérias-primas, principalmente o preço do petróleo, está em queda acentuada. Segundo analistas, a incerteza em torno da China pode levar o Federal Reserve, Banco Central norte-americano, a adiar uma subida das taxas de juros nos Estados Unidos, que poderia ocorrer em setembro.

As ações adotadas pelo governo chinês para reaquecer o mercado não surtiram efeito. Há duas semanas, o Banco da China desvalorizou o yuan (moeda do país), levando à queda global das bolsas. A autorização para que os fundos públicos de pensões do país adquiram até 30% do patrimônio não teve o resultado esperado, aprofundando a desconfiança dos investidores.

* Com informações da Agência Lusa

Agência Brasil Agência Brasil
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