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Draghi pede reformas e investimentos para revitalizar economia da UE

9 set 2024 - 09h56
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A União Europeia precisa de uma política industrial muito mais coordenada, decisões mais rápidas e investimentos maciços para manter o ritmo econômico em linha com Estados Unidos e China, disse Mario Draghi nesta segunda-feira.

Ex-chefe do Banco Central Europeu e ex-primeiro-ministro italiano, Mario Draghi
09/09/2024. REUTERS/Yves Herman
Ex-chefe do Banco Central Europeu e ex-primeiro-ministro italiano, Mario Draghi 09/09/2024. REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

A Comissão Europeia pediu ao ex-chefe do Banco Central Europeu e ex-primeiro-ministro italiano há um ano que redigisse um relatório sobre como a UE deveria manter sua economia competitiva em um momento de maior atrito global.

"A Europa é a economia mais aberta do mundo, portanto, quando nossos parceiros não jogam de acordo com as regras, ficamos mais vulneráveis do que os outros", disse Draghi em uma coletiva de imprensa.

Na abertura de um relatório com cerca de 400 páginas, Draghi disse que o bloco precisa de investimentos adicionais de 750-800 bilhões de euros por ano, até 5% do PIB - muito mais alto até do que os 1%-2% do Plano Marshall para a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial.

"O crescimento vem desacelerando há muito tempo na Europa, mas nós ignoramos isso", disse Draghi.

"Agora não podemos mais ignorar o fato. Agora as condições mudaram: o comércio mundial está desacelerando, a China está realmente desacelerando muito e se tornando muito menos aberta para nós... perdemos nosso principal fornecedor de energia barata, a Rússia."

Os países da UE já responderam às novas realidades, segundo o relatório de Draghi, mas ele acrescentou que sua eficácia é limitada pela falta de coordenação.

Os diferentes níveis de subsídios entre os países estão afetando o mercado único, a fragmentação limita a escala necessária para competir em nível global e o processo decisório da UE é complexo e lento.

"Isso exigirá uma reorientação do trabalho da UE para as questões mais urgentes, garantindo uma coordenação eficiente das políticas por trás de objetivos comuns e usando os procedimentos de governança existentes de uma nova maneira que permita que os Estados membros que queiram agir mais rapidamente o façam", disse o relatório.

Ele sugeriu que a chamada votação por maioria qualificada - em que a maioria absoluta dos Estados membros não precisa ser a favor - deve ser estendida a mais áreas e, como último recurso, que as nações com ideias semelhantes sejam autorizadas a agir sozinhas em alguns projetos.

Embora as fontes de financiamento nacionais ou da UE já existentes cubram parte das enormes somas de investimento necessárias, Draghi disse que talvez sejam necessárias novas fontes de financiamento comum - com as quais países liderados pela Alemanha relutaram em concordar no passado.

"Se as condições políticas e institucionais forem atendidas, esses projetos também exigirão financiamento comum", disse o relatório, citando como exemplos os investimentos em defesa e em redes de energia.

O crescimento da UE foi persistentemente mais lento do que o dos Estados Unidos nas últimas duas décadas, e a China estava se recuperando rapidamente. Grande parte dessa diferença se deve à baixa produtividade.

O relatório de Draghi surge em um momento de dúvidas sobre o modelo econômico da Alemanha, que já foi o motor da UE, com a Volkswagen avaliando o primeiro fechamento de fábrica no país.

Draghi disse que a UE está tendo dificuldades para lidar com os preços mais altos da energia depois de perder o acesso ao gás russo barato e que não pode mais depender de mercados estrangeiros abertos.

O ex-banqueiro central disse que o bloco precisa impulsionar a inovação e reduzir os preços da energia, ao mesmo tempo em que continua a se descarbonizar e a reduzir sua dependência de outros países, principalmente da China em relação a minerais essenciais, e aumentar o investimento em defesa.

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