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Drex: Banco Central chama novos participantes para segunda fase de testes do real digital; entenda

Objetivo é de selecionar mais instituições financeiras para testes dos contratos inteligentes, baseados em blockchain

11 out 2024 - 11h38
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A partir da próxima segunda-feira, 14, o Banco Central receberá proposta de entidades interessadas em participar da segunda fase dos testes do Drex, a moeda digital do real que tem previsão de entrar em operação a partir de 2025.

Segundo comunicado emitido nesta quinta-feira, 10, pelo BC, as propostas serão aceitas até o dia 29 de novembro, e devem focar no desenvolvimento de casos de negócio para a implementação própria por meio de smart contracts (contratos inteligentes) na plataforma do projeto piloto.

Os smarts contracts, ou contratos inteligentes, consistem em programas que executam automaticamente os termos e condições de um contrato baseados no blockchain, a tecnologia de registro instantâneo, confiável e transparente de dados. Isso significa que, uma vez que o contrato é ativado, as ações acordadas (como transferências de dinheiro, registros ou qualquer outra transação) são realizadas automaticamente sem a necessidade de intermediários, reduzindo custos e aumentando a eficiência.

"Poderão participar do projeto-piloto instituições atuantes no mercado financeiro que necessariamente tenham a capacidade de testar o modelo de negócios proposto, incluindo transações de emissão, de resgate ou de transferência de ativos, bem como de executar a simulação dos fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação, quando aplicável ao caso em teste", informa o Banco Central em nota.

Como e para quem devem ser enviadas as propostas?

O Banco Central estabeleceu que as propostas devem ser enviadas em no máximo cinco páginas. Elas devem detalhar o caso de negócio, "impactos positivos esperados, necessidade de soluções de privacidade, metodologia de testes e possíveis impedimentos legais", segundo o BC.

As propostas devem ser enviadas para piloto.drex@bcb.gov.br e aquelas selecionadas devem ainda cumprir algumas obrigações, tais como formalizar um termo de participação e ainda designar um representante técnico para a coordenação.

"Vale destacar que não há limitação inicial na quantidade de casos de negócio que poderão ser selecionados para teste", informa o Banco Central. A instituição informa ainda que o número final "será determinado diante do conjunto de inscrições recebidas e considerando a capacidade técnica e operacional do BC", diz o banco.

Quem já participa?

São 16 os consórcios ou empresas envolvidas, segundo o BC. Outras propostas de candidaturas de entidades serão recebidas ainda neste ano. Por ora, confira quem já faz parte do piloto do Drex.

  • BBC - Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP;
  • ABC - Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Google;
  • B3 - Banco B3, B3 e B3 Digitas;
  • BB - Banco do Brasil;
  • Bradesco - Bradesco, Nuclea e Setl;
  • BTG - Banco BTG;
  • BV - Banco BV;
  • Caixa - Caixa, Elo e Microsoft;
  • Inter - Banco Inter, Microsoft e 7Comm;
  • Itaú - Itaú Unibanco;
  • MB - MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial;
  • Nubank - NuBank;
  • Santander - Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM;
  • SFCoop - Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred;
  • TecBan - Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin; e
  • XP-Visa - XP e Visa.

O que já está sendo testado e por quem?

No final de setembro o Banco Central confirmou quais são os testes da segunda fase. Eles envolvem, entre outros, cessão de recebíveis (transferência de crédito a terceiro), transações com debêntures (títulos da dívida de médio e longo prazos) e crédito colaterizado (um tipo de empréstimo) em CDB.

Estes 13 temas foram selecionados a partir de 42 propostas enviadas ao Comitê Executivo de Gestão (CEG) do Drex, composto por servidores do BC. Confira abaixo quais são os 13 temas, os consórcios e empresas envolvidos em cada uma, e o que cada um significa.

1. Cessão de recebível

Envolvidos: ABC e Inter.

Resumo: a Tecnologia de Registro Distribuído, derivada do termo em inglês Distributed Ledger Technology , tem como objetivo facilitar a obtenção de crédito por pequenas empresas, que podem vir a usar o dinheiro que vão receber de vendas feitas no cartão de crédito para conseguir empréstimos mais baratos e flexíveis.

2. Crédito colateralizado em CDB

Resumo: é um mecanismo que busca viabilizar o uso de Certificados de Depósito Bancário (CDB) pelas empresas, como garantia para conseguir empréstimos mais baratos para suas necessidades de caixa. É feito em operações de capital de giro.

3. Crédito colateralizado em títulos públicos

Envolvidos: ABBC, ABC e MB.

Resumo: similar ao anterior, tem como objetivo popularizar o uso de títulos públicos como garantia para conseguir empréstimos mais baratos, sem perder os rendimentos desses títulos.

4. Financiamento de operações de comércio internacional (Trade Finance)

Resumo: visa facilitar o financiamento de exportações e importações, usando tecnologia para agilizar e baratear o processo.

5. Otimização do mercado de câmbio

Resumo: objetivo é o de tornar a troca de moedas mais eficiente, transparente e segura, funcionando 24 horas, sete dias por semana, para reduzir custos potenciais da operação.

6. Piscina de liquidez para negociação de títulos públicos

Envolvidos: ABC, Inter e MB.

Resumo: propõe uma forma mais fácil e rápida para as pessoas comprarem e venderem títulos públicos federais, usando tecnologia para automatizar o processo.

7. Transações com Cédula de Crédito Bancário (CCB)

Envolvido: ABBC.

Resumo: embora não especificado na divulgação do BC, a CCB é um título que pode ser emitido por pessoa física ou jurídica e que representa uma promessa de pagamento em favor de instituições financeiras, geralmente bancos, em operações de crédito.

8. Transações com debêntures

Resumo: essas transações facilitam a compra e venda de debêntures (empréstimos a empresas), tornando o processo mais eficiente e menos custoso. A inclusão dele no Drex visa trazer maiores facilidades para a negociação desses ativos e para o acesso de empresas a essas formas de financiamento, diz o BC.

9. Transações com ativos do agronegócio

Envolvidos: TecBan, MB e XP-Visa.

Resumo: embora não detalhada pelo BC, essas transações são feitas para melhorar a forma como se negocia e financia o agronegócio, tornando o processo mais seguro e eficiente.

10. Transações com créditos de descarbonização (CBIO)

Resumo: o objetivo principal é o de melhorar a negociação de créditos de carbono, incentivando investimentos sustentáveis.

11. Transações com automóveis

Envolvidos: B3, BV e Santander.

Resumo: objetivo é o de tornar a compra e venda de carros mais simples e segura, eliminando riscos e burocracias.

12. Transações com imóveis

Envolvidos: BB, Caixa e SFCoop.

Resumo: trata-se de um dos temas com maior apelo junto à população, já que vai facilitar a transferência de propriedades, tornando a compra e venda de imóveis mais acessível e segura.

13. Transações com ativos em redes públicas

Envolvido: MB.

Resumo: explora novas formas de negócios em ambientes digitais, buscando regulamentações que garantam segurança e inovação. Uma das formas mais conhecidas é o blockchain, que garante maior transparência e confiabilidade, já que todos envolvidos devem seguir as regras acordadas

Estadão
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