Marketplace online de moda íntima reúne confecções cariocas
Depois das fortes chuvas que atingiram a região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, dois analistas de sistemas, André Tafuri, 38 anos, e Anderson Silveira, 37 anos, encontraram no e-commerce uma maneira de reerguer a cidade de Nova Friburgo, conhecida como o polo de moda íntima no Brasil, e que até então costumava receber inúmeros lojistas que vinham em busca de novas mercadorias para abastecer o estoque de suas lojas.
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Sócios em uma empresa de desenvolvimento web, Tafuri e Silveira haviam criado o primeiro e-commerce de moda íntima da cidade em 2012, que alcançou um sucesso bastante expressivo, chamando a atenção das demais empresas da cidade. “Muitas indústrias começaram a nos procurar, mas todas elas esbarravam nas mesmas dificuldades”, conta Tafuri. “Primeiro, o capital e conhecimento para investir em uma ferramenta própria e, segundo, o mix de estoque que era muito pequeno. Foi daí que surgiu nossa ideia de criar uma ferramenta que pudesse facilitar a vida dessas empresas”, explica o empreendedor.
Depois de amadurecer a ideia por um tempo, os sócios inauguraram, em 25 de agosto deste ano, o marketplace B2B LingerieBR, que reúne os pequenos fabricantes de moda íntima de Nova Friburgo que, a um baixo custo, conseguem vender sua produção em atacado para todo Brasil.
Para participar, basta que as confecções separem uma parte de sua produção e a reservem para venda online. Todo o trabalho restante – fotos, cadastro de produtos e logística – fica por conta da empresa coordenada pelos dois sócios, que tem uma porcentagem de 35% sobre cada venda, que deve custar, no mínimo, R$ 199,00. Eles ainda recebem uma pequena mensalidade fixa de cada confecção participante.
Atualmente, o e-commerce está em fase de aquisição de parceiros para conseguir aumentar sua variedade de produtos e começar, de fato, a lucrar com o negócio. “Por enquanto, temos quatro parceiros no site e diversas negociações em andamento”, conta Tafuri. “Como o e-commerce é destinado tanto para lojistas, que hoje correspondem a 1/4 dos clientes e revendedores porta a porta, mantemos um blog de dicas ensinando com é possível aumentar as vendas.”
Recomeço
O analista de sistemas conta que a tragédia de 2011 afugentou grande parte dos comerciantes que vinham comprar moda íntima para revender. “A internet foi o caminho para dar uma segurada no volume de negócios. Só que a venda ficou concentrada em poucos distribuidores e deixou a indústria de fora, já que seu nome não ia impresso nas etiquetas. Nosso projeto quer valorizar a indústria, quer que as roupas tenham o nome dela na marca. Porque só assim iremos divulgar as marcas daqui e valorizar essa produção.”
Até o final de 2015, os sócios gostariam de estar trabalhando com 10 parceiros e chegar a um total de vendas de R$ 500 mil por mês. “Temos outros projetos em mente. Um deles é a criação de um varejo com outra marca e outra ideia é investir em outros polos de moda pelo Brasil, onde possamos investir no mesmo estilo de projeto que o LingerieBR”, finaliza Tafuri.