Sucesso no online faz e-commerce de vinis abrir loja física
Do atendimento e proximidade com os clientes surgiu a necessidade de ter um espaço próprio
Especialistas em varejo costumam dizer que a receita ideal para uma loja dar certo é a combinação entre estabelecimento físico e e-commerce - um complementa o outro. No caso da eMondo, o sucesso no online foi tão representativo que a empresa decidiu abrir em março deste ano uma loja física em Americana, interior de São Paulo, cidade onde já funcionava o estoque e setor administrativo do site (no ar desde outubro de 2013).
Dá para dizer que essa história começou no final da década de 1980, quando no Brasil ainda nem se falava em internet. “Crescemos aprendendo a ouvir música com vinil. Depois, o CD entrou no mercado e acabamos perdendo um pouco o contato com o vinil, assim como muitas pessoas. De uns quatro ou cinco anos para cá, tivemos a ideia de colecionar discos, e veio junto a ideia de montar o site”, conta Bruno Franceschangelis, 35, um dos sócios da eMondo.
Sem fazer muitos planos, Bruno e o sócio Gustavo Prada, 33, começaram a colocar a ideia em prática. A pesquisa de mercado não foi muito profunda, confessa Bruno, mas o negócio “era aquilo que a gente queria fazer. E foi dando certo, teve uma aceitação legal do mercado”, afirma. No site, a eMondo se apresenta como “uma loja que curte música”. Além da venda de novos e usados disponíveis no catálogo online, também faz a restauração de todos os discos usados antes de colocá-los à venda.
O site ainda fatura mais que a loja física, aberta há cerca de nove meses. A ideia é fazer uma divulgação do estabelecimento em janeiro do próximo ano. Então porque abrir o estabelecimento? “Hoje o site fatura mais porque a gente consegue com menos recursos atingir um número muito maior de pessoas. Mas a gente sentiu a necessidade de abrir a loja física porque muitos clientes queriam vir até nós e também por um desejo pessoal”, explica Bruno.
Trabalho de encomenda
Além da venda de produtos que já estão no catálogo, a eMondo também oferece serviço de encomenda. De vez em quando, acontece de não encontrar alguns produtos, já que nem todos os títulos estão disponíveis em vinil. No Brasil, a única empresa a produzir discos de vinil atualmente é a Polysom, que relança títulos nacionais. A maioria dos produtos, então, é importada. “No Exterior, praticamente todas as gravadoras ainda produzem vinil”, observa o empresário. No caso dos usados, é um pouco mais complicado: é preciso ir atrás de quem tem o disco e quer vender.
Para driblar os valores da importação (além do dólar alto, as taxas aduaneiras e outros impostos contribuem para o peso dos custos), Bruno e o sócio procuram sempre fazer pedidos em grandes quantidades. “Quando a gente vai fazer um pedido, a gente tem que pedir uma quantidade muito grande para compensar os custos. Como não temos volume de encomendas que alcance o número que a gente precisa importar, completamos as encomendas com pedidos para a loja também. O estoque é integrado”, explica Bruno.
Novos produtos
Nos planos dos sócios, a ideia é aumentar a variedade de produtos oferecidos nas lojas: CDs, DVDs, livros sobre música, acessórios, vestuário. “A ideia futuramente é inserir tudo que está relacionado à música. É um projeto que a gente vai aos poucos construindo”, afirma Bruno. E o nome eMondo? Vem de onde? “Na verdade a ideia inicial era Mondo Vinil, é algo que a gente achou legal, que soa bem. Acabamos mudando para eMondo porque vamos trabalhar com outros produtos, não só vinil. Cada categoria vai ser associada à ideia inicial. Vai ter o eMondo vinil, eMondo CD, eMondo acessórios”, projeta o empresário.