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Economia da América Latina e Caribe deve crescer 2,4% em 2025, diz Cepal

18 dez 2024 - 11h13
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A economia da América Latina e Caribe crescerá 2,4% no próximo ano em meio ao risco de agravamento das tensões geopolíticas e comerciais globais, bem como de um menor impulso na demanda, disse a Cepal nesta quarta-feira.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) elevou a sua previsão depois de calcular expansão de 2,3% em agosto.

"Para 2025, a expansão do PIB regional é estimada a uma taxa de 2,4%, o que significaria a manutenção de uma trajetória de baixo crescimento", afirmou a organização.

"Devem persistir em 2025 as condições para que o consumo privado continue a ser o principal motor de crescimento da região, em linha com o observado em 2024, embora com uma expansão mais moderada", acrescentou.

A agência das Nações Unidas ajustou também para cima a sua previsão para este ano, para uma expansão de 2,2% ante 1,8% em agosto, mas ainda abaixo do crescimento de 2,3% do ano passado.

A Cepal projetou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 2,3% em 2025, após registrar avanço de 3,2% este ano. A economia do México deve expandir 1,2% no próximo ano, depois de crescer 1,4% em 2024.

A atividade econômica da Argentina deve expandir 4,3% em 2025, depois de contrair 3,2% este ano, a da Colômbia crescerá 2,6%, enquanto a do Chile terá alta de 2,2% e a do Peru deve registrar expansão de 2,2%. (Mapa interativo)

Por outro lado, a Cepal insistiu que para enfrentar a armadilha da baixa capacidade de crescimento são necessários recursos financeiros significativos, bem como a implementação de políticas produtivas que impulsionem o investimento e a produtividade.

A expectativa é de que o emprego continue a crescer ligeiramente em 2025, juntamente com uma taxa de participação no trabalho ainda fraca em comparação com a registrada antes da pandemia e com a persistente desigualdade de gênero.

A organização alertou para riscos como a intensificação das tensões geopolíticas e comerciais, que podem afetar o preço internacional das matérias-primas, bem como novos atritos nas rotas de transporte e logística.

"Dada a situação econômica projetada para o final de 2024 e 2025, o espaço de política macroeconômica permanecerá limitado, num contexto de baixo contribuição da demanda externa, de preços ainda elevados das matérias-primas e de condições difíceis de financiamento, entre outros fatores, o que tende a alterar os equilíbrios macroeconômicos", observou.

Os países da América Latina e do Caribe mantêm uma tendência de queda da inflação que, somada ao afrouxamento monetário nos Estados Unidos, permitiu que nações com metas de inflação reduzissem suas taxas de juros referenciais este ano, embora de forma "heterogênea e cautelosa".

A Cepal destacou que as perspectivas de investimento no próximo ano continuam desanimadoras em meio à fraqueza dos gastos públicos.

"A formação bruta de capital fixo deverá continuar a contrair, o que põe em dúvida seu papel na sustentação do crescimento de médio e longo prazo das economias da região", indicou.

Por outro lado, as exportações e importações de bens e serviços deverão se recuperar em 2025 ante 2024.

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