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"Economist" elogia, mas vê fraqueza na equipe de Dilma

Revista britânica diz que mudança é positiva e está mais alinhada com as propostas de Aécio Neves do que com a campanha da presidente

28 nov 2014 - 08h11
(atualizado às 08h35)
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'Economist' engrossa coro dos críticos para quem programa econômico de Dilma se assemelha ao de Aécio
'Economist' engrossa coro dos críticos para quem programa econômico de Dilma se assemelha ao de Aécio
Foto: AP

A revista britânica The Economist afirma na edição desta semana que a nomeação da nova equipe econômica do Brasil é positiva para o País, mas sinaliza a uma "fraqueza" da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com a Economist - revista que pisou nos calos do governo ao pedir no ano passado a saída do ministro Guido Mantega -, as escolhas de Joaquim Levy para a Fazenda e Nelson Barbosa para o Planejamento provam que a presidente "aceitou tacitamente" os erros de sua atual política econômica.

A revista ressaltou o fato de Rousseff ter se oposto em 2005 a uma proposta do então Ministro da Fazenda do governo Lula, Antônio Palocci, de usar o rápido crescimento econômico para eliminar o deficit fiscal – e assim diminuir as taxas de juros -, limitando o aumento dos gastos federais.

A publicação também afirmou que a presidente conseguiu se reeleger neste ano exibindo sua política de pleno emprego e aumento de rendimentos.

Porém, essa estratégia teria prejudicado o futuro do País, acredita a Economist, que embasa essa afirmação citando a deterioração de indicadores econômicos – como inflação a 6% (acima da meta do Banco Central de 4,5%), enfraquecimento da moeda e o não cumprimento de sua meta de superávit primário (1,6% do PIB).

Para a publicação britânica, o novo programa de Rousseff é mais parecido com as propostas do senador e candidato derrotado Aécio Neves do que com o exibido na campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores.

Lembrando que o governo enfrenta acusações relacionadas ao escândalo de corrupção na estatal Petrobras, a Economist afirma que nenhum outro presidente brasileiro da era moderna começou um novo mandato tão enfraquecido.

"Chefe da CIA na KGB"

As mudanças ministeriais brasileiras também foram tema para o jornal Financial Times, que destacou a ortodoxia do novo ministro da Fazenda, qualificando-o como um "linha-dura fiscal".

O jornal ressaltou o comprometimento de Levy com a meta de equilibrar as finanças públicas e elevar o superávit fiscal a 2% do PIB (Produto Interno Bruto) do País em 2016.

O jornal também deu destaque a um comentário de Aécio Neves, para quem a escolha de Levy é como apontar um chefe da CIA para liderar a KGB. Para o Financial Times, o tucano derrotado nas eleições pode não estar errado.

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