Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Economista de 37 anos assume IBGE

Formada em Harvard e integrante da equipe de economia do Banco Mundial, Susana Guerra será a mais jovem presidente do instituto

8 fev 2019 - 21h45
(atualizado às 22h39)
Compartilhar
Exibir comentários

Aos 37 anos, a economista Susana Cordeiro Guerra será a mais jovem presidente da história do IBGE. Ela substituirá Roberto Olinto, funcionário de carreira do instituto desde 1980. A confirmação de seu nome veio nesta sexta-feira, 8, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, incluir uma reunião com ela em sua agenda no Rio de Janeiro e encerrou semanas de especulações dentro do IBGE sobre o comando do órgão no governo Bolsonaro.

Susana, que se formou em Harvard e fez doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), trabalhava como economista do Banco Mundial e morava em Washington, nos Estados Unidos. Mas o retorno ao Rio, onde fica a sede do IBGE, não será estranho a ela, que é carioca e viveu boa parte da vida na cidade.

IBGE
IBGE
Foto: Canaltech

Ela chegou ao comando do IBGE por intermédio da filha de Paulo Guedes, de quem é amiga há anos. Sua indicação foi reforçada ainda por Carlos von Doellinger, que será presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde Susana atuou como pesquisadora.

Antes de Susana, o presidente mais novo do instituto havia sido Edson Nunes, que assumiu o órgão aos 39 anos, em 1986. O nome da economista já era dado como certo por fontes da equipe econômica, mas dentro do IBGE ainda havia dúvida sobre a troca, já que Olinto chegou a ser convidado pelo secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, a permanecer no posto.

Susana assume o IBGE com o desafio de garantir a realização do Censo Demográfico 2020, que já está em preparação, mas segue sob risco de postergação. O custo total do Censo foi calculado em R$ 3,4 bilhões. O governo Michel Temer já havia liberado menos dinheiro do que o previsto em 2018 e concedido menos recursos para investimento em equipamentos e software do que o instituto havia pleiteado para 2019. A estimativa é que serão necessários R$ 3 bilhões para viabilizar a coleta em 2020.

O órgão também pede a contratação de funcionários que percorrerão os domicílios brasileiros. Mas, em dezembro do ano passado, a solicitação de 1.800 vagas para essa função foi negada pelo então Ministério do Planejamento, informou na sexta-feira o IBGE, em nota. Este ano, o instituto já perdeu 58 cargos de direção.

Sangue novo

À confirmação de Susana soma-se a chegada de novos integrantes da equipe econômica egressos do mercado financeiro. O time de privatizações receberá reforço de Gustavo Montezano, que, como Susana, retorna ao Brasil para integrar o governo Bolsonaro. Engenheiro mecânico pelo Instituto Militar de Engenharia com mestrado em economia pela IBMEC, ele assumirá o posto de secretário adjunto de Desestatização, trabalhando diretamente com Salim Mattar. Montezano, de 38 anos, foi sócio do BTG Pactual e trabalhava em Londres na ECTP (Ex- BTG Pactual Commodities).

A assessoria especial do gabinete do ministro ganha o acréscimo do economista Samuel Kinoshita, que estava na gestora de fundos Kapitalo Investimentos. Mestre em estatística pela Columbia University, ele já havia trabalhado com Guedes na Bozano Investimentos.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade