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Economistas ajustam previsões para PIB após 2º tri mais forte; Goldman Sachs vê expansão de 3,25%

1 set 2023 - 15h13
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O desempenho acima do esperado do PIB brasileiro no segundo trimestre desencadeou revisões para cima nas projeções de economistas de bancos como JPMorgan e Goldman Sachs, enquanto outros adiantaram que devem melhorar suas estimativas de 2023.

O produto interno bruto (PIB) do país cresceu 0,9% de abril a junho sobre os três meses anteriores, apoiado no desempenho forte de serviços e indústria, ficando bem acima da previsão em pesquisa de Reuters de um avanço de 0,3%.

O JPMorgan elevou sua estimativa de expansão da economia brasileira neste ano de 2,4% para 3%, enxergando a performace do PIB ainda impulsionada "pelas exportações e com notável resiliência no consumo privado e do governo".

Os economistas do banco norte-americano também afirmaram que a força geral vista no segundo trimestre os fez revisar a estimativa de PIB do terceiro trimestre de contração de 2% para uma queda de 0,4%, conforme relatório a clientes.

O Goldman Sachs, por sua vez, que aumentou sua previsão de crescimento de 2,65% para 3,25% afirmou em relatório esperar que "a atividade se beneficie de estímulos fiscais e parafiscais (transferências federais robustas para famílias de baixa renda com elevada propensão a consumir), da expansão da massa salarial real e da diminuição da inflação alimentar".

Mas ponderou que há expectativa de que "o impulso reduzido da reabertura econômica, as condições monetárias e financeiras internas restritivas, os elevados níveis de endividamento das famílias, os baixos níveis de ociosidade, a moderação da criação de empregos e a incipiente reviravolta no ciclo de crédito gerem ventos contrários à atividade após o segundo trimestre de 2023".

A empresa britânica de pesquisa econômica Capital Economics também elevou sua estimativa de crescimento do PIB do Brasil deste ano a "cerca de" 3,5%, ante projeção anterior de 2,3%.

Entre os que sinalizaram mudanças futuras em seus prognósticos, está o Itaú Unibanco, que destacou a resiliência do mercado de trabalho e o estímulo fiscal no resultado do segundo trimestre. "Com esse resultado, a nossa projeção para o PIB deste ano -- agora em 2,5% -- deve ser revisada para cima.

O Santander Brasil escreveu a clientes que sua previsão de crescimento de 1,9% está "atualmente em revisão, com riscos inclinados para cima", enquanto o Bradesco disse que sua estimativa "será reavaliada para cima, dos atuais 2,1%.

O Bank of America, por sua vez, manteve inalteradas suas perspectivas, uma vez que já tinha uma visão otimista e acima do consenso de mercado de que o PIB avançará 3,0% em 2023. Na pesquisa Focus mais recente, conhecida no começo da semana, a mediana das projeções apontava expansão de 2,31%.

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