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Educação infantil passou a ter mais atenção depois do isolamento

Em três meses, auxiliar de coordenação em um colégio conseguiu ser promovida a professora de educação infantil

27 jun 2022 - 14h01
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Num mercado com 11,3 milhões de desempregados e muito concorrido, há profissionais que estão conseguindo feitos extraordinários. A professora Sabrina de Moraes, de 36 anos, por exemplo, foi admitida e rapidamente promovida.

Em setembro do ano passado, começou a trabalhar como auxiliar de coordenação no Colégio Adventista em Diadema (SP). Três meses depois foi transferida para a outra unidade da escola, que fica em São Bernardo do Campo (SP), para ocupar o cargo de professora da educação infantil.

"Três meses é período de experiência, não é para receber promoção", diz Sabrina, que ficou surpresa com a conquista tão rápida. Com a mudança de função, o salário subiu de R$ 1.800 para R$ 3.100, um aumento de 72%.

A professora diz que sentiu nos últimos meses uma movimentação no mercado de trabalho para os profissionais da área de educação. A prova disso é a sua promoção. A professora dona da vaga que ela foi ocupar acabou indo trabalhar em outra escola.

No início da pandemia, as aulas foram suspensas e as crianças ficaram em casa. Depois desse episódio, Sabrina acredita que houve uma valorização do trabalho dos professores da educação infantil. "Mas, mais no sentido da empatia do que em ganhos salariais", frisa. Ela considera positiva a valorização real do salário médio inicial que ocorreu (entre 2% e 6% em 12 meses até abril). Porém, ela diz que o ganho não chegou perto do que a categoria merece e precisa. "É um desafio muito grande."

A médica psiquiátrica Bárbara Sgavioli Massucato, de 34 anos, foi outra profissional que rapidamente se empregou. Ela encerrou oficialmente o período de residência médica em 1º de março deste ano na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e seis dias depois começou a trabalhar no Hospital de Amor de Barretos (antigo Hospital do Câncer), na cidade onde se graduou em medicina. Por 40 horas semanais, recebe R$ 17 mil brutos, mas como pessoa jurídica.

"É o meu primeiro emprego", diz ela, que conseguiu essa vaga porque ex-professores da graduação a convidaram para trabalhar no hospital. Mesmo antes de concluir o período de residência, Bárbara observou muitas ofertas de emprego na sua área de psiquiatria infantil, tanto no serviço público como na iniciativa privada em cidades do interior do Estado de São Paulo. Com a pandemia, os encaminhamentos de pacientes na área de saúde mental aumentaram muito, explica a médica. Por isso, foi necessário ampliar o corpo clínico em atendimentos públicos e privados.

Além das compras

O comprador Rivanildo Silva Santos, de 43 anos, também sentiu a maior procura pela sua profissão. Com 17 anos de experiência no varejo e nos últimos cinco anos na função de comprador, ele acaba de ser contratado por uma rede de supermercados. "Vim ganhando 20% a mais do que no último emprego", conta, sem revelar cifras.

Apesar de ter sentido uma demanda forte por compradores no mercado de trabalho, Santos não esperava essa valorização. Bacharel em Sistemas de Informação, ele atribui esse aumento salarial à função estratégica que o comprador ganhou dentro das empresas de varejo com acelerada digitalização. "Comprador vai muito além do que simplesmente comprar".

Para desempenhar a função, segundo ele, é preciso conhecer o perfil do cliente do supermercado e só assim é possível fazer a gestão das compras. No momento, as exigências das redes varejistas para admitir alguém para a função são elevadas. "Dificilmente um profissional com um nível de conhecimento tão alto vai aceitar um salário que não condiz com essas exigências."

Estadão
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