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Elefante, Ypê e Danone: por que várias marcas decidiram se reinventar e ampliar linhas de produtos

Segundo especialistas, movimento reflete alto custo de criar uma marca do zero e também um movimento 'nostálgico': os consumidores preferem nomes que já confiam há muito tempo

15 out 2022 - 21h51
(atualizado em 19/10/2022 às 19h06)
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O icônico elefante verde, o Jotalhão, da Turma da Mônica, que há 55 anos é o garoto-propaganda da marca Elefante, de extrato de tomate, neste ano passou a estampar também embalagens de mostarda e ketchup. A Danone, sinônimo de iogurte para os brasileiros, já virou requeijão e, mais recentemente, manteiga. E a Ypê, fabricante de produtos limpeza e conhecida pelo detergente para lavar louça, agora é sabonete também.

Além de serem tradicionais nos segmentos em que atuam e estarem há mais de 50 anos no dia a dia dos brasileiros, o ponto comum entre todas é que elas fazem parte de um movimento de extensão de marca que já vinha ocorrendo e foi acelerado pela pandemia.

Nos dois últimos anos, ficou nítida a tendência entre os fabricantes de bens de consumo de colocar mais produtos sob o mesmo guarda-chuva e também de recuperar marcas antigas, afirma Jaime Troiano, sócio da consultoria TroianoBranding.

O passo seguinte foi estender a marca Elefante para outros itens, como ketchup e mostarda, lançados neste ano. "Temos mais cinco a seis produtos da marca Elefante para entrar nos próximos anos, nosso plano é ambicioso", conta o diretor.

Ele ressalta que, com a pandemia, o movimento de renovação e extensão de marca ganhou tração. A companhia, que também é dona de marcas tradicionais como Liza (óleos) e Pomarola (molho de tomate), sentiu um aumento da procura por marcas de confiança, o que impulsionou as vendas. "O que mais ouvimos do consumidor nas pesquisas feitas durante a pandemia é que ele compra a marca na qual confia."

Depois das mudanças, que começaram em 2018 e do impulso por conta crise sanitária, o volume de vendas da marca Elefante tem crescido entre 5% e 6% ao ano. Hoje Elefante representa mais de 30% do faturamento da Cargill Foods.

Marca vira serviço

A gigante britânica de produtos de consumo, a Unilever, foi além na extensão de marca. Ampliou duas marcas tradicionais Omo (sabão em pó) e Hellmann's (maionese) para serviços. Segundo Marcelo Costa, chefe de estratégia e planejamento para consumidores, a intenção da extensão de marcas para serviços é estabelecer a conexão direta com o consumidor.

Presente em 8 de cada 10 lares brasileiros, em junho de 2020, a empresa lançou Omo Lavanderia em três formatos. Hoje são 250 lavanderias em operação nos 23 estados e 87 cidades, fora as mais de 1.300 lavanderias compartilhadas dentro de condomínios espalhados pelo País. Recentemente a marca Hellmann's virou hamburgueria, com operação 100% digital.

Da limpeza doméstica ao banho

Antes de decidir colocar no mercado, em maio deste ano, uma grande linha com 32 produtos, entre sabonete líquido, em barra e álcool em gel, a marca Ypê, há 72 anos primordialmente de produtos de limpeza doméstica, foi a campo ouvir 800 consumidores. A intenção da Química Amparo, uma indústria nacional, familiar e dona da marca, era saber se esse movimento estratégico seria viável.

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Estadão
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