Eletrobras mira nível de custos PMSO próximo de R$5,5 bi em 2026, diz CEO
A Eletrobras está comprometida com a trajetória de redução de seus custos operacionais e buscará atingir um patamar de 5,5 bilhões de reais anuais em 2026 para a linha de "pessoal, Material, Serviços e Outros" (PMSO), disse nesta quinta-feira o CEO, Ivan Monteiro.
Em teleconferência para comentar os resultados trimestrais, o executivo ressaltou o trabalho de otimização da estrutura da Eletrobras que vem sendo realizado desde 2022, após a privatização, com foco na redução de custos e melhoria de processos e eficiência operacional.
Segundo ele, a Eletrobras mira encerrar este ano com custos PMSO abaixo de 7 bilhões de reais, reduzindo-os para 6 bilhões de reais em 2025 e atingindo aproximadamente 5,5 bilhões em 2026.
"Essa é a trajetória, que vai estar nas peças orçamentárias que a companhia vai submeter na diretoria executiva e no conselho de administração, é um compromisso inabalável... achamos absolutamente factível atingir essa performance", disse Monteiro, afirmando que o orçamento para os próximos anos marcará simbolicamente o "fim da etapa de ajustes mais relevantes" na Eletrobras.
A companhia elétrica reduziu o número de funcionários nos últimos anos com planos de demissão voluntária (PDVs) e atualmente está com um plano de demissão consensual aberto, que está elegível para seus empregados que assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) deste ano, ou 65% do quadro total.
Ainda não assinaram o ACT a base da Eletrobras no Rio e de Furnas, em meio à resistência de alguns empregados a novas regras colocadas pela companhia, como não aplicação de reajuste de inflação de salário e benefícios para quem ganha acima de 6 mil reais.
"Fizemos uma proposta nos mesmos termos, uma proposta muito vantajosa, para adesão desse grupo, esse grupo resolveu não aderir. (A gente) Segue nas conversas, nas conversas de mediação do TST, mas para o momento atual estamos seguindo a nossa vida normal, de reposição dos funcionários, de otimização dos recursos", disse Renato Carreira, responsável pela vice-presidência de Gente, Gestão e Cultura.
COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
Ainda na teleconferência, os executivos comentaram sobre os esforços de gestão do portfólio de energia da companhia, com maiores vendas de energia no mercado livre realizadas ao longo do terceiro trimestre.
"Nesse trimestre, muita gente ficou preocupado se teria alguma exposição ou não ao mercado de curto prazo, nós passamos tranquilos. Estamos com posição também saudável para o quarto trimestre e continuamos avançando nas nossas contratações para 2025 em diante", disse Eduardo Haiama, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores.
"A gente acredita que essa volatilidade de preços (de energia) veio para ficar, temos nos beneficiado bastante em estar o tempo todo monitorando essas mudanças e nos posicionando conforme a gente vê oportunidade".