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Em áudio, Onyx diz que governo deu "uma trava na Petrobras"

Ministro da Casa Civil afirma que qualquer modificação no preço do combustível deve ser feito no mínimo dentre de 15 e 30 dias

19 abr 2019 - 19h32
(atualizado às 19h48)
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Em áudio que circula pelos grupos de WhatsApp nesta sexta-feira (19), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, diz que os caminhoneiros podem ficar sossegados que o governo tem trabalhado para resolver o problema deles e melhorar as condições da categoria. Em um trecho, ele afirma que o governo já deu uma "trava na Petrobras". "Qualquer modificação de preço no mínimo dentro de 15 e 30 dias de variação. Não pode ser menos que isso", diz o ministro em resposta a áudio de um caminhoneiro.

Bolsonaro e Onyx em cerimônia no Palácio do Planalto
25/03/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro e Onyx em cerimônia no Palácio do Planalto 25/03/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro decidiu intervir na decisão da Petrobras de elevar o preço do diesel, anunciado no dia 11. Mas, nesta semana, a estatal conseguiu colocar em prática seu reajuste, que representou alta de R$ 0,10 por litro de diesel. A notícia causou indignação entre os caminhoneiros que decidiram iniciar uma greve no dia 29 de abril.

No áudio, Onys afirma que o governo está trabalhando para dar melhores condições aos motoristas autônomos. "Estamos trabalhando, o presidente está focado e temos várias coisas bacanas que estamos trabalhando para dar condições ao caminhoneiro autônomo."

O ministro afirma ainda que o governo está resolvendo a questão dos postos - local para os motoristas pararem e descansarem."E vamos para cima da fiscalização. Venho insistido nisso e o presidente também entrou nisso. Estamos trabalhando sério."

Ele termina o áudio dizendo: "Vamos confiar que o patrão de cima está conosco e o capitão aqui não vai jamais abrir mão de proteger e defender os caminhoneiros".

Muitos caminhoneiros ainda tentam digerir a alta de R$ 0,10 no preço do diesel, anunciada na quarta-feira pela Petrobras. Endividados e em situação financeira precária, eles tentam encontrar uma alternativa para não decretarem greve nas próximas semanas, o que poderia piorar ainda mais o quadro econômico. Mas a ala mais radical da categoria já marcou paralisação para 29 de abril, o que tem provocado mal-estar nos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros. Nem todas as lideranças concordam com uma paralisação neste momento.

O representante dos caminhoneiros Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, é o mais ativo na organização da greve no fim do mês. Ele afirma que já está montando a logística da paralisação, mas não quis dar detalhes de como será. "Isso não foi uma decisão só minha, foi decidido em grupo por várias lideranças de caminhoneiros", ressaltou. Ele acredita que, a exemplo do que ocorreu no ano passado, o movimento deve atingir o Brasil inteiro, crescendo à medida que os dias passam.

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