Em dia de balanço, Petrobras puxa alta de 1,59% da Bovespa
O Ibovespa terminou aos 54.617 pontos e o volume financeiro alcançou R$ 6,9 bilhões
O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quarta-feira, com as ações da Petrobras recuperando força durante a sessão, em meio a ajustes finais de investidores para a divulgação do balanço auditado de 2014 da estatal ainda nesta quarta-feira (22).
Outro viés positivo do dia foram os papeis da Vale encerrando com valorização de quase 10%, após avanço dos preços do minério de ferro e dados de produção da companhia.
O Ibovespa terminou em alta de 1,59%, a 54.617 pontos. O volume financeiro alcançou R$ 6,9 bilhões.
A Vale divulgou nesta quarta-feira que produziu 74,5 milhões de toneladas de minério de ferro nos primeiros três meses do ano, sua maior produção de minério para o período, equivalente a uma alta de 4,9% ante o ano passado.
Para os analistas, as informações não trouxeram grandes surpresas, mas a equipe do Bradesco BBI viu nos detalhes dos números os primeiros sinais de que a companhia já está ajustando sua produção de minério a um mercado mais desafiador.
Operadores atrelaram a disparada das ações principalmente à alta dos preços do minério de ferro, com as compras para cobrir posições vendidas nos papéis da empresa acentuando os ganhos (short squeeze).
O anúncio da BHP Billiton de que adiará expansão na sua produção de minério também contribuiu para que as preferenciais da Vale avançassem 9,81%, maior alta diária desde dezembro de 2008. As ações ordinárias saltaram 9,7%, maior avanço desde maio de 2009.
Petrobras em alta
A estatal Petrobras fechou em alta, revertendo as perdas iniciais, com as preferenciais subindo 0,23% e as ordinárias avançando 0,53%. A companhia divulga os resultados auditados do terceiro e quarto trimestres ainda nesta quarta-feira, e está agendada para as 18h uma entrevista coletiva com integrantes da diretoria para comentar os dados.
"Com a divulgação do balanço nesta quarta-feira, os problemas estão longe de acabar, mas parece que as perspectivas mais sombrias começam a ser afastadas", escreveu o gestor Alexandre Póvoa, sócio da Canepa Asset Management.
Ele citou que o "risco Petrobras" é uma das "três tampas" estão sendo gradativamente removidas para a alta do mercado acionário local, assim como o risco de racionamento e de alta mais cedo do juro americano.
"Os mercados continuam bastante difíceis de serem operados, com a liquidez mundial extrema ofuscando as fragilidades macroeconômicas do globo", afirmou, em carta trimestral da Canepa a clientes.
Outras ações
Os bancos reforçaram a trajetória ascendente, com Itaú Unibanco
Eletrobras figurou na ponta positiva do índice, com as ações avançando ao redor de 6%. O BTG Pactual destacou sete concessões da empresa em relatório nesta quarta-feira em que analisou a possibilidade de agentes do setor voltarem a comprar distribuidoras em situação operacional mais complicada.
As fabricantes de papel e celulose Fibria e Suzano fecharam sem uma direção única, em sessão de dólar em baixa ante o real, apesar de nova queda nos estoques de celulose de fibra curta em março.