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Em sessão volátil, índice avança após três quedas seguidas

27 ago 2019 - 17h18
(atualizado às 17h48)
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A bolsa paulista teve uma sessão altamente volátil nesta terça-feira, com o Ibovespa fechando no azul após alternar alta e baixa, diante de incertezas sobre questões comerciais envolvendo EUA e China e uma possível desaceleração no crescimento global.

Operadores trabalham na BM&F Bovespa, em São Paulo
24/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Operadores trabalham na BM&F Bovespa, em São Paulo 24/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Ibovespa subiu 0,88%, a 97.276,19 pontos, após ter recuado 4,7% no acumulado dos últimos três pregões. O volume financeiro da sessão somou 20,65 bilhões de reais.

Mais cedo, expectativas de desfecho positivo nas negociações entre Washington e Pequim prevaleceram, apesar dos sinais contraditórios nos últimos dias.

Para Bruno Madruga, chefe de renda variável da Monte Bravo, a forte volatilidade do Ibovespa tende a se manter enquanto não ocorre uma conclusão para o embate comercial entre EUA e China, que prejudica principalmente as economias emergentes.

O índice reverteu no começo da tarde com o aprofundamento na inversão da curva de rendimentos dos Treasuries nos EUA para níveis não vistos desde 2007, reacendendo o medo de recessão iminente. Em Wall Street, o S&P 500 500 recuou 0,33%, após ter subido 0,7% no melhor momento da sessão.

Profissionais da área de renda variável também citaram ruídos domésticos, como o relatório da Polícia Federal a partir da delação de executivos da Odebrecht dizendo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cometeu corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, o que ele nega.

Também no radar está a repercussão global dos incêndios na Amazônia, no momento em qual os agentes estrangeiros seguem na defensiva. Na paulista, o saldo de capital externo no mês está negativo em 11,6 bilhões de reais, com números até dia 23.

Com a redução das perdas das bolsas em Nova York e a desaceleração do dólar, o Ibovespa acabou fechando o dia em alta, com ações mais líquidas se recuperando.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN subiram 1,18% e 1,26%, respectivamente. BANCO DO BRASIL perdeu 0,8%.

- PETROBRAS PN avançou 1,59%, diante da alta dos preços do petróleo no mercado externo. Analistas do Bradesco BBI ajustaram previsões para a companhia e elevaram o preço-alvo das PNs, de 37 para 38 reais, com recomendação 'outperform'.

- VALE ON subiu 1,21%, apesar de nova sessão de queda dos preços do minério de ferro na China. CSN, perdeu 1,26%.

- MRV ON valorizou-se 3,74%, recuperando-se de perdas recentes, após ter recuado 8% em apenas dois pregões.

- NATURA ON subiu 4,2%, entre as maiores altas do Ibovespa, com o setor de consumo no azul. VIA VAREJO, que já acumulava em agosto queda de 16% até a véspera, avançou 5,71%, também entre as maiores altas.

- JBS ON ganhou 0,43%, dando continuidade ao ajuste negativo, após renovar máximas históricas no mês. No setor, MARFRIG ON perdeu 1,41%.

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em

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