Consumidor paga 27% a mais por produtos frescos em SP
Os produtos comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) subiram em média 10,39% em março em relação a fevereiro último, com destaque para os segmentos de frutas (13,56%) e de verduras (16,26%). Nos três primeiros meses do ano, houve alta de 16,42% e, nos últimos 12 meses, aumento de 27,09%. O Índice Ceagesp, calculado desde 2009, refere-se à variação de preços de um conjunto de 150 itens.
De acordo com a nota técnica da Ceagesp divulgada hoje (7), entre janeiro e março, tradicionalmente a oferta desses produtos sofre oscilações por causa do período das chuvas e do calor, que influenciam nos preços. “Ao que tudo indica, os transtornos causados pelas condições climáticas deverão perder força em abril”, aponta a nota.
A Ceagesp observou que, além das chuvas no Sul e Sudeste, a oferta também foi prejudicada pela estiagem na região produtora de mamão no Espírito Santo. Em consequência, o mamão formosa subiu 75,9% e o mamão papaya, 40,8%. Outras frutas em alta: melão amarelo (44,7%), uva Itália (42,5%) e banana prata (25,2%). Já as principais quedas foram: maracujá azedo (-20,7%), kiwi (-9,1%), atemóia (-6,4%) e abacaxi havaí (-5,95).
Verduras em alta
Entre as verduras, subiram os preços da couve-flor (80,5%), couve (62%), brócolis ninja (31,5%), alface crespa (26,8%), alface lisa (25,6%) e escarola (22,7%). No mesmo período, caíram os preços da erva-doce (-17,8%) e salsa (-13,7%).
No setor de legumes, ocorreu elevação média de 0,29%. As maiores oscilações atingiram os seguintes itens: quiabo (28,3%), abóbora japonesa (23,8%), abobrinha brasileira (21,8%), vagem macarrão (21,7%) e pepino japonês (21,8%). E caíram os preços do cará (-28,3%), chuchu (-25,6%), tomate cereja (-21%) e berinjela (-18,5%).
No segmento de diversos (batata, alho, cebola, coco seco, ovos, grãos secos), o consumidor pagou em média 5,41% a mais. Entre os maiores aumentos estão o milho de pipoca (21,6%), batata comum (13,6%) e ovos brancos (8,2%). Em movimento contrário, ficaram mais em conta o coco seco (-5,1%) e cebola nacional (-2,4%).
Os pescados tiveram alta de 7,66%, mas alguns produtos deste setor subiram bem mais do que a média, caso da betarra (37,2%), pescada (26,6%), robalo (14,9%), polvo (13,8%) e tilápia (10,2%).
A Ceagesp indica que o consumidor está mais retraído. O volume total comercializado caiu 7,22% na comparação com março do ano passado ao passar de 299.617 toneladas para 277.997. No trimestre, foi constatada queda de 4,42% com 809.206 toneladas ante 846.613 em 2015.