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Embraer amplia prejuízo para US$42,5 mi no 1º tri

15 mai 2019 - 10h00
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A Embraer divulgou nesta quarta-feira prejuízo de 42,5 milhões de dólares no primeiro trimestre, já que a receita caiu em suas três principais divisões devido ao menor número de entregas de aviões e à queima de caixa da empresa brasileira na preparação do acordo com a Boeing.

14/08/2018
REUTERS/Paulo Whitaker
14/08/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

No primeiro trimestre de 2018, a companhia reportou prejuízo de 37 milhões de dólares.

A receita recuou 26 por cento, para 281 milhões de dólares, no segmento de aviação comercial nos três meses encerrados em 31 de março. A companhia entregou 11 jatos comerciais no trimestre, três a menos que um ano antes. No geral, a receita caiu 14,1 por cento.

A Embraer também divulgou resultados em moeda local, o real, que mostrou receita bastante estável, afetada positivamente pela depreciação da moeda frente ao dólar norte-americano. Ainda assim, apenas 10 por cento da receita da Embraer e 20 por cento de suas despesas são em reais, informou a empresa.

Ao contrário de suas duas outras divisões, jatos executivos e de defesa, a venda de jatos comerciais de passageiros de até 150 assentos teve lucro nos últimos trimestres.

A Embraer está em meio a uma transformação em larga escala depois de obter a aprovação dos acionistas para vender 80 por cento de sua divisão de aviação comercial para a Boeing por 4,2 bilhões de dólares, um negócio que ainda precisa de aprovação regulatória.

A concorrência no segmento de jatos de passageiros de médio porte que a Embraer fabrica aumentou recentemente, especialmente depois que a Airbus assumiu o controle da divisão da canadense Bombardier, que concorre diretamente com a divisão de jatos comerciais da fabricante brasileira de aviões.

Como resultado do acordo com a Boeing, a Embraer terá que depender muito a curto prazo dos lucros que poderá gerar com seus jatos executivos e divisões de defesa.

A companhia informou em comunicado que o primeiro trimestre de qualquer ano é fraco e reafirmou a previsão para o ano, dizendo que espera aumentar o ritmo de entregas de aviões nos próximos trimestres.

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