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Embraer aproveita demanda por jato executivo compartilhado

Mercado é forte nos Estados Unidos, mas há oportunidades de crescimento no Brasil, afirma presidente da Embraer Aviação Executiva

4 jun 2014 - 18h21
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<p>Phenom 300, da Embraer; aviação executiva compartilhada deve ter crescimento no País em 2014</p>
Phenom 300, da Embraer; aviação executiva compartilhada deve ter crescimento no País em 2014
Foto: Peter Fussy / Terra

O mercado de aviões executivos de propriedade compartilhada brasileiro deverá ter forte crescimento neste ano, apesar da desaceleração econômica, e beneficiará a Embraer.

Conheça a história da Embraer

A fabricante brasileira de aviões entregou nesta quarta-feira um jato Phenom 300 que terá seu uso dividido entre três clientes da Prime Fraction Club, empresa de propriedade compartilhada que comercializa, administra e coordena a utilização de bens como aviões executivos.

Segundo Marcus Motta, presidente da Prime Fraction Club, o objetivo da empresa é registrar um crescimento de pelo menos 60%, e a desaceleração econômica pode ajudar.

"Está ajudando. A prova disso é que no ano passado nós tivemos um crescimento de 61%. Estamos próximos de até setembro ou outubro alcançar nosso objetivo para o ano, de crescer no mínimo 60%", disse ele a jornalistas, após cerimônia de entrega do avião.

Com a entrega desta quarta-feira, a Prime passa a ter quatro aeronaves da Embraer e espera ter mais duas em 2015, além de avaliar a aquisição de um Legacy 450 para entrega em 2016. A empresa pretende investir US$ 100 milhões para dobrar seu tamanho até 2016, sendo que cerca de metade desse valor seria destinada a aeronaves.

Segundo Marco Túlio Pellegrini, presidente da Embraer Aviação Executiva, o mercado de propriedade compartilhada é mais forte nos Estados Unidos, mas há oportunidades de crescimento no Brasil.

"Temos certeza que o modelo compartilhado tem tudo para dar certo", disse.

"No mercado internacional, principalmente nos EUA, temos dois grandes clientes e ao redor de 70 aeronaves em operação em propriedade compartilhada. É uma iniciativa que tem muita possibilidade de expansão".

A Embraer respondeu por 65% das entregas para esse mercado no ano passado, segundo dados da empresa.

Questionado sobre as expectativas para o ano, Pellegrini reafirmou a meta de entregar entre 105 e 120 jatos executivos neste ano, ressaltando que até o momento está tudo dentro do esperado.

Sobre os mercados de aviação executiva, o executivo afirmou que o Brasil permanece estável, mas há expectativas de melhora com a entrada do Legacy 500. Já no mercado internacional, Pellegrini ressaltou que os indicadores econômicos estão bons, mas que ainda é preciso uma melhora na confiança do investidor para um maior crescimento da venda de aviões.

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