Embraer quer ter 20% dos cargos de liderança ocupados por mulheres em 2025
Conselheiras ouvidas pelo 'Estadão' consideram o número baixo, mas companhia afirma que meta é 'ambiciosa', já que hoje a maior parte dos trabalhadores do setor são homens
A Embraer anunciou na sexta-feira, 13, que pretende aumentar a participação de mulheres nas posições de liderança para 20% até 2025. O número é considerado baixo por mulheres que atuam em conselhos de administração. Várias empresas estão trabalhando com a meta de 30% atualmente. Mas, segundo o vice-presidente de pessoas e sustentabilidade, Carlos Alberto Griner, a meta é "ambiciosa", dado que a maior parte dos profissionais que atuam no setor hoje é de homens.
Ao Estadão, Griner afirmou que o foco do programa de diversidade será trabalhar para mudar o perfil dos que estão chegando na empresa agora. Para isso, a Embraer divulgou um projeto para qualificar, até 2025, 1.500 pessoas de grupos minorizados na área de tecnologia.
A empresa não anunciou metas para o aumento da participação de negros nos cargos de liderança. De acordo com Griner, a companhia está realizando um censo agora e vai anunciar, até o fim do ano, seus compromissos. "Estamos considerando todas as minorias nos projetos. Pode parecer que as metas não são tão ousadas, mas elas são diante da realidade da indústria."
Na área ambiental, a Embraer se comprometeu a reduzir em 50% a emissão líquida de carbono até 2040, considerando os níveis de 2018, e usar apenas energia de fonte renovável até 2030.