Empresário monta coleção com sete mil sneakers; um único par chega a custar R$ 150 mil
Rodrigo Clemente é ex-jogador de basquete e tem um andar inteiro de um prédio ocupado por tênis
O sonho de se tornar uma grande estrela da NBA (liga de basquete dos Estados Unidos) e o gosto por tênis inspiraram Rodrigo Clemente, de 46 anos, a colecionar os chamados sneakers - nome para calçados relacionados ao estilo e à cultura urbana. Em apenas cinco anos, o empresário, de Jaboticabal, no interior de São Paulo, montou uma coleção com mais de 7 mil sneakers.
Em entrevista ao Terra, Rodrigo Clemente conta um pouco da paixão pelo mundo sneakers e lembra das dificuldades na infância para comprar um par de tênis. Clemente foi jogador de basquete profissional na juventude em Jales e Araraquara, também no interior paulista.
“Sou um ex-jogador de basquete que já era apaixonado por tênis desde moleque, só que não tinha dinheiro para comprar. Além disso, calço o número 45 e era muito difícil achar meu número na época. Então, acabava ganhando muitos tênis dos jogadores que estavam na seleção acima de mim”, lembra Rodrigo Clemente.
Segundo o empresário, o primeiro tênis que conseguiu comprar com a ajuda da mãe foi aos 15 anos. “Na época, eu consegui comprar um tênis do Magic Johnson. Não lembro o valor exato, mas, infelizmente, por ser meu único par, tive que usar até acabar e não guardei”, conta ao revelar uma das suas frustrações.
Bem-sucedido no ramo dos negócios, Rodrigo Clemente atualmente tem um acervo de tênis. Organizados em um andar inteiro na sede da sua empresa, no bairro Santa Cecília, em São Paulo, o acervo conta com 7.412 pares catalogados.
“O mais caro que paguei custou R$ 150 mil e o mais barato R$ 284”, revela.
Sem mencionar o total gasto em toda coleção, o empresário conta que todos têm um significado em sua vida, mas destacou dois que ele tem um carinho especial: o Red October, modelo da parceria de Kanye West com a Nike e que custou R$ 150 mil, e o Air Force criado para o Michael Jordan, astro da NBA.
“Não é sobre o dinheiro, mas sobre a história. Tem tênis aqui que não vendo por valor algum. Eu trato essa coleção como um museu. Tudo isso que tenho aqui foi porque um dia não tive e eu batalhei muito para conseguir”, reforçou o empresário.