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Empresário Patrick Abrahão é preso no Rio em operação contra esquema de pirâmide que deu R$ 4 bilhões de prejuízo

De acordo com as investigações, a Trade Invest, rede fundada por Patrick, lesou ao menos 1,3 milhão de pessoas em 80 países.

19 out 2022 - 13h58
(atualizado às 14h16)
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Patrick Abrahão e Perlla.
Patrick Abrahão e Perlla.
Foto: Reprodução, Redes Sociais / BM&C News

Na manhã desta quarta-feira (19), o músico e empresário Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, foi preso na Operação La Casa de Papel, da Polícia Federal (PF), da Receita Federal e da Agência Nacional de Mineração (ANM).

A Operação La Casa de Papel atua contra "um esquema de pirâmide financeira transnacional" que desenvolveu a própria criptomoeda e a supervalorizou artificialmente.

De acordo com as investigações, a Trade Invest, rede fundada por Patrick, lesou ao menos 1,3 milhão de pessoas em 80 países e ainda impôs um prejuízo de R$ 4,1 bilhões aos lesados. Foram expedidos 6 mandados de prisão e 41 mandados de busca. Além disso, a 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande (MS) determinou o bloqueio no valor de U$ 20 milhões.

Nesse sentido, os mandados foram cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina. Patrick foi preso em sua residência, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

Segundo a Polícia Federal, Patrick Abrahão por uma série de crimes, entre eles estão, estelionato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica,  evasão de divisas, usurpação de bens públicos, crimes contra o sistema financeiro nacional, e crime ambiental e estelionato.

Além disso, foi deferido o sequestro "de dinheiro em contas bancárias, imóveis de altíssimo padrão, gado, veículos, ouro, jóias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos em posse das pessoas físicas e jurídicas investigadas".

Em agosto de 2021, dois dos investigados foram pegos em flagrante em Dourados (MS), a caminho do Paraguai, com escolta armada e esmeraldas avaliadas em 100 mil dólares. Segundo a PF, as joias "estavam ocultas e não tinham origem legal, pois estavam amparadas em nota fiscal cancelada".

Desde então, foi descoberta uma rede com uma presença "massiva nas redes sociais". Os investigados arregimentavam "centenas de 'team leaders'" e contavam com "a estrutura e o apoio de uma entidade religiosa pertencente a um deles".

BM&C News
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