Empresários acusados de financiar atos golpistas têm carros de luxo bloqueados
Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de 52 pessoas e de sete empresas investigadas
A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de 52 pessoas e sete empresas suspeitas de financiar os atos golpistas de 8 de janeiro, que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. As informações são do colunista Valdo Cruz, da GloboNews. Carros de luxo e até ônibus de turismo foram bloqueados para ajudar a pagar os prejuízos causados com a depredação do Supremo Tribunal Federa (STF), Palácio do Planato e Congresso.
Entre os identificados estão o empresário Ademir Luis Graeff, do Paraná, que teve uma Mercedes Benz de luxo, modelo GLA 250, bloqueada, e o empresário catarinense, Amir Roberto El Dine, que teve cinco carros retidos. Já a empresa Gran Brasil Viagens e Turismo Ltda, de Minas Gerais, teve sete ônibus bloqueados. Caso os acusados comprovem que não tiveram ligação com os atos, eles terão os bens devolvidos.
Bolsonaristas presos
Desde o dia 8 de janeiro mais de 1400 pessoas foram presas acusadas de envolvimento com os atos terroristas, sendo que 684 foram liberados por 'razões humanitárias' e respondem em liberdade. Os demais podem responder por crimes de terrorismo e tentativa de golpe de Estado.
Audiências de custódia
Nesta quarta-feira, 18, o ministro Alexandre de Moraes, que é relator do inquérito dos atos democráticos, começou a analisar atas de 1.459 audiências de custódia de presos em flagrante por participação nos atos golpista. Em sua análise, 140 prisões foram convertidas para prisão preventiva e 60 pessoas foram liberados, e devem cumprir medidas cautelares como uso de tornozeiro eletrônica e proibição de acesso a redes sociais durante o processo.