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Empresas do mercado financeiro já adotam a agenda ESG

Entenda como empresas do setor estão apostando em ações de defesa social, ambiental e de governança

26 set 2022 - 06h00
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Foto: Freepik

O Brasil avança forte nas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) com sua economia baseada em atividades ambientais, como agronegócio e geração de energia. De acordo com a pesquisa “A Evolução do ESG no Brasil”, desenvolvida pela Rede Brasil e pela Stilingue, em 2020 as discussões sobre o assunto cresceram 7 vezes nas redes sociais. 

O debate nas mídias estimulou os representantes do setor empresarial, já que 84% dos que responderam ao levantamento disseram que o interesse para entender sobre a questão aumentou.

Nesse contexto, é fato consolidade que a pandemia aumentou sobremaneira a disposição de se conversar sobre ESG, já que a crise sanitária evidenciou a importância de lidarmos melhor com o meio ambiente. 

A pesquisa da Rede Brasil e Stilingue aponta, por exemplo, que dos cinco setores pesquisados, os dois com mais familiaridade com o conceito ESG foram o Financeiro e Agronegócio. O trabalho do setor financeiro com o tema foi, inclusive, evidenciado em outro levantamento.

O mercado financeiro entra de cabeça nas práticas ESG

O estudo “Retrato da Sustentabilidade no Mercado de Capitais”, feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em 2021, aponta que 86% das instituições classificaram o tema ESG como tendo importância de nota 7 a 10.

“Entender que tudo é meio ambiente e que ele afeta o nosso cotidiano faz com que se avalie diferente a pauta de sustentabilidade. O tema não está mais descolado da nossa realidade”, defende Juarez Filho, diretor-presidente da Ourominas, empresa de câmbio e compra e venda de ouro do Brasil. “Além da tomada de consciência de vários dirigentes do setor, a agenda sustentável se tornou obrigatória porque interfere também na percepção de riscos.”

Mas, afinal, por que o ESG é tão importante?

Como o executivo da Ourominas exemplifica, o assunto ESG tem sido cada vez mais bem interpretado por agentes do setor financeiro, que buscam realizar ações práticas para incentivar melhorias nas áreas de sustentabilidade, governança e social.

“Ademais de frear as mudanças climáticas, as tragédias ambientais e o aumento de problemas sociais, tornou-se essencial debater e fazer ações de ESG porque elas impactam decisões de investimento”, salienta o empresário.

Juarez Filho, diretor-presidente da Ourominas
Juarez Filho, diretor-presidente da Ourominas
Foto: Divulgação

A Rede Brasil salienta que no contexto atual, “além dos benefícios ambientais e sociais, o ESG é a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades” das empresas.

No caso das Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs), Juarez exemplifica a Ourominas, que tem como política de gestão integrada buscar melhorias nos processos, produtos e serviços.

“As boas práticas sustentáveis evitarão desastres ambientais, o que significa que poderão promover uma vida mais tranquila para gerações futuras. E o compliance e a governança também devem andar de mãos dadas para oferecer um ambiente saudável dentro da organização e transparência nos negócios”, defende o diretor.

Redação Dinheiro em Dia
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