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Endividamento das famílias bate novo recorde, diz BC

Levantamento de novembro mostra que residências brasileiras consumiam 51% de sua renda com débitos bancários, renovando máxima de outubro

15 fev 2021 - 20h58
(atualizado às 21h19)
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BRASÍLIA - O endividamento das famílias brasileiras bateu novo recorde em novembro de 2020, em plena pandemia de covid-19. Segundo dados do Banco Central (BC), as dívidas bancárias atingiram 51% da renda acumulada das famílias nos 12 meses anteriores.

O recorde anterior havia sido registrado no mês de outubro de 2020, com 49,81% dos ganhos. A série histórica começou em janeiro de 2015. Entram na conta todas as dívidas com bancos, incluindo as de financiamento imobiliário.

Em janeiro de 2019 - ou seja, antes da pandemia -, esse indicador era de 45,19%. O menor porcentual registrado desde o início do levantamento é o de janeiro de 2005 (18,42%), que marca o começo da série histórica.

Pessoas caminham em rua de comércio popular no Rio de Janeiro
23/12/2020
REUTERS/Pilar Olivares
Pessoas caminham em rua de comércio popular no Rio de Janeiro 23/12/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

Comportamento

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) elaborou estudo sobre o comportamento do endividamento dos brasileiros em 2020.

O levantamento mostra que a média de famílias endividadas no ano passado cresceu 2,8 pontos porcentuais, quando comparado a 2019, alcançando 66,5%. Trata-se do maior resultado anual da série, que começou em 2010. Apesar de ter alcançado a máxima histórica, a variação do indicador em 2020 foi menor do que a registrada em 2019 (+3,3 pontos porcentuais).

O estudo da CNC também apontou crescimento de 1,5 ponto porcentual na proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso, alcançando 25,5%. Este indicador chegou a começar 2020 com números melhores do que os de 2019.

Assim como em anos anteriores, o cartão de crédito gera as principais dívidas das famílias - 78%, na média de 2020. Em segundo e terceiro lugares, ficaram, respectivamente, o carnê (16,8%) e o financiamento de carro (10,7%)

Estadão
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